segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O DISCIPULO E A SENDA


O DISCÍPULO E A SENDA

Chelas Centrados na Chama
e Outros que Desejam o Mesmo.

Entre os Mestres sou conhecido como um pragmático no mais autêntico sentido da palavra, pois estou interessado nas coisas práticas e nas exigências da hora presente. Os homens enfrentam um dilema. É um dilema da individualidade, da sociedade e da civilização.

O Conselho de Darjeeling procura respostas para o dilema. Esquadrinhamos a mente de Deus, e depois a mente do homem. Interessa-nos aquilo que produz resultados – não uma filosofia de castelos no ar. Interessa-nos aquilo que produz resultados agora na detenção da maré do carma mundial e da degradação da imagem do Cristo, e também da imagem da Mãe Divina.

Aos chelas que vêm bater à porta de Darjeeling perguntamos se compreendem a urgência das situações mundiais e a necessidade gritante desta hora. Se ainda não obtiveram essa perspectiva, recomendamos que busquem as disciplinas de outro retiro. Sim, porque aqui em Darjeeling oferecemos um programa superintensivo sobre o discipulado e a iniciação na senda para quem está disposto a seguir implicitamente as exigências do seu próprio Cristo Pessoal e a responder com uma chama que salta e olhos que resplandecem com os fogos entusiasmantes do discernimento anímico.

Enviamos devotos da Mãe Divina. Treinamos emissários que vão representar a Fraternidade e que seguem até as grandes cidades do mundo para ensinar o caminho do sacrifício pessoal – como fez São Francisco – para maior glória do Cristo em todos.

Vinde, pois; não temais aproximar-vos do fogo que arde na lareira, aqui na biblioteca do nosso retiro. Vinde agora e meditai sobre as chamas; vede como as salamandras de fogo dançam ao som da música da vontade de Deus, que é o tema da reunião da vossa alma com o plano original da vossa vida, o grande desígnio do destino. Vede com os padrões de cor azul, rosa e dourado tecidos no tapete oriental fazem lembrar a tapeçaria da mente de Deus tecida na vossa alma.

Por isso confortai-vos No nosso cálice de alegria –

Um elixir de cristalina transparência Por mãos angélicas oferecido,

Devas de legiões de anjos Que servem o coração diamantino de Maria

E que vos convidam a ficar.

Deixai que toque para vós um excerto das Melodias Irlandesas de Moore, um canto do meu coração que compus há muito para um ser querido. Dedico-o agora a todos os chelas do fogo sagrado que se preparam para essa transmutação e para renunciar à efêmera forma exterior, trocando-a pelo girassol interior e sempre florido do coração: "Acredita, Se Todos os Doces e Jovens Encantos." Sim porque o coração que amou de verdade a Deus nunca esquece o retorno dessa corrente de amor, que é refletida pela fonte da vida. E assim, a alma é "como o girassol que ao poente para o seu Deus volta o mesmo olhar que ao amanhecer"1.

Ora bem, chelas da vontade de Deus que desejais tornar-vos chelas dos mestres ascensos, com a doçura do coração da vontade de Deus transporto-vos para dentro da veste dessa vontade, para que possais ver que o forro cristalino de azul-safira vem salpicado de tons rosa-dourado – um intenso amor pela sabedoria de Deus que inspira os Mestres de Darjeeling a acionar o chicote da disciplina. Tão grande é o nosso amor pela alma de Deus no homem que queremos libertar-vos para poderdes contemplar o vosso destino imortal.

Alguns vêm ao nosso retiro para serem treinados, mas com motivos que não são puros. Buscam o proveito próprio. Buscam poder, não para se glorificarem em Deus, mas sim para vanglória do eu sintético, ao qual não querem renunciar. O porteiro faz-lhes saber com cortesia que quem entra tem que deixar os sapatos do eu inferior à porta. Quem não está disposto a tirar os sapatos do eu ensombrecido não pode pisar este chão santificado.

É tempo de entrarmos na câmara, decorada com motivos azuis e dourados, onde existe uma tela e assentos dispostos como num teatro. Sim, porque para compreenderdes a vossa senda, a vossa senda altamente pessoal para a salvação, é necessário terdes a perspectiva do vosso passado e de como criastes o presente – tanto em nível pessoal como planetário. Vinde, pois. E vejamos como, na magia da chama, havemos de descobrir os desígnios do destino da vossa alma.

Entramos agora na câmara e tomamos os nossos lugares diante duma grande tela semicircular, na qual serão projetadas em todas as suas dimensões as experiências de outras encarnações tiradas dos registros akáshicos. O grupo aqui reunido enquanto vos falo é composto por chelas não ascensos – alguns dos quais têm uma ligação exterior com o Retiro da Espiral da Ressurreição, em Colorado Springs, Colorado, e com a Summit University, em Santa Bárbara, Califórnia(*).

Outros participantes deste grupo servem a vontade de Deus nas suas respectivas nações. Estes esperam pelo dia em que os ensinamentos dos mestres ascensos serão publicados no seu idioma, para que lhes seja possível ler e estudar, na sua consciência exterior de vigília, aquilo que estão recebendo aqui nos seus corpos sutis durante o sono.

Um jovem casal que está se sentando agora vem acompanhado de um ser não ascenso de considerável mestria e grande estatua, a quem o conselho manifestamente reconhece. O casal trará ao mundo esta alma num futuro não muito distante. Faço esta digressão para fazer-vos notar este maravilhoso exemplo, em que um par unido em amor e no ritual sagrado do voto matrimonial foi selecionado pelo Conselho do Carma, e também por esta alma, para dar oportunidade de encarnar em um indivíduo avançado, para prestar serviço à humanidade, na certeza de que será criado num lar consagrado à verdadeira lei do Senhor.

Aparecem agora na tela cenas da vida da antiga Trácia, e verificamos que nos encontramos no mercado de uma cidade esquecida onde hoje fica a Turquia. Dois mestres não ascensos caminham no meio da multidão sem ser reconhecidos. O povo está ocupado com as suas atividades diárias, com a compra de alimentos e mercadorias pelo melhor preço, enquanto os vendedores observam atentamente a passagem de moedas de mão em mão para saberem quanto renderá o dia de trabalho.

Um grupo de devotos, incluindo alguns dos chelas reunidos agora no nosso retiro, entram no mercado. Nesta encarnação são místicos cuja devoção é para com o fogo, já que este representa o único Deus verdadeiro. Já tiveram que suportar o ridículo e o ostracismo dos seus pares.

No momento em que surgem, uma peculiar configuração astrológica alinha certas forças de ódio no subconsciente da populaçao com uma amálgama de ódios coletivos focalizados em planos astrais. Mostramos aos chelas esta interação de campos de força em várias dimensões da Matéria, bem como o alinhamento de constelações, hierarquias solares e estrelas "fixas" e "móveis", e até que ponto estes campos de energia ampliam tanto a luz como as trevas no homem, e causam a ativação de certos níveis de carma de encarnações mais antigas ainda do que as focadas presentemente na tela.

Subitamente e sem aviso, como se fossem tomados de uma loucura e furor não totalmente seus, alguns indivíduos cuja relação mútuas parece ser ocasional unem-se como uma entidade única. Atuam como se fossem um só - a populaça – e com uma só mente - a mente coletiva. Começam a apanhar pedras e atiram-nas aos devotos. Os devotos ficam cercados. Sem se aterrorizarem, e sim calmamente centrados na chama que é o objeto da sua adoração, protegem a cabeça e o corpo, mas em vão.

A multidão é brutal. Com um desejo de vingança e uma sede de sangue projetados pelas hordas astrais, ela cai sobre os chelas até estes sucumbirem. As suas almas abandonam o que resta das suas formas finitas, e os dois mestres não ascensos presentes elevam as energias foháticas dos seus chakras do coração para facilitar a transição das almas.

A lei cármica não lhes permitira interferir com as circunstâncias que representavam uma convergência de muitas forças e uma exigência de equilíbrio por parte da Natureza. Pelo seu amor e mestria, eles criam um campo de força de luz permitindo que as almas sejam levadas em segurança para o retiro etéreo de Pallas Athena, por cima da Ilha de Creta.

Fazemos recuar o drama na tela a fim de que todos possam examinar o jogo de forças e as linhas de carma que convergiram no momento em que os devotos entraram no mercado. Eles vêem como, num período bem mais antigo da história da Terra, em que haviam praticado uma religião de trevas, eles mesmos tinham sido levados a atos de fanatismo e excesso de zelo dos quais resultou a morte daqueles que retaliariam nesse dia na cidade esquecida da Trácia antiga.

Revemos a mesma cena em câmara lenta. Utilizo o diamante que uso no indicador da mão direita para focalizar a ação do fogo sagrado na tela. O raio violeta que desce do coração da minha Presença é projetado através do diamante, e explode em mil milhões de chamas sobre essa cena na tela. Os chelas quase saltam das suas cadeiras ao verem a chama violeta consumir a causa, efeito, registro e lembrança – tanto nos registros akáshicos como no seu próprio subconsciente.

A ação da chama violeta intensifica-se em resposta à invocação que dirijo à Presença do EU SOU de cada um: Em nome do Cristo Pessoal dos chelas, eu invoco o fogo de Deus Todo-Poderoso para que projete a ação transmutadora pela qual as trevas são transformadas em luz – o medo e ódio em amor, a inveja em compreensão, e a vingança em vitória. À medida que anjos da chama violeta do retiro de Zadkiel direcionam as energias da chama, esta forma espirais de fogo no subconsciente de cada individuo que participou nesta infeliz interação de energias.

Formam-se espirais de fogo semelhantes às lascas encaracoladas que caem da madeira quando é aplainada. Estas espirais sobem e descem, e tornam a subir e descer, intensificando a ação transmutadora. E agora explodem, formando um vasto círculo de energia, e depois retornam ao centro. Tudo isto constitui a ação – formação dos fogos da transmutação – um fogo flamejante que se movimenta para cima e para baixo, para dentro de para fora, seguindo os ciclos do carma individual no cinto eletrônico – uma esfrega, uma ebulição, uma energia borbulhante e altamente dinâmica. Assim é a diversidade da chama violeta!

Episódio atrás de episódio, passo a passo, os anjos da chama violeta retiram o registro do corpo etéreo, os conceitos do corpo mental, as emoções do corpo astral, e as cicatrizes que ficaram na matriz física. Bem diante dos seus olhos, os chelas da vontade de Deus vêem o que pode ser feito pela gloriosa chama de Deus. Regozijam-se. Aplaudem. E os seus "Bravo!" expressam a liberação de energia nos seus chakras e uma nova liberdade na alma ocorridas com a remoção deste antigo registro das suas consciências.

E agora, em resposta às invocações que os chelas fizeram à chama violeta, as salamandras de fogo e os anjos da chama violeta, trabalhando de mãos dadas, recapitulam o registro do ciclo em que as linhas de causação foram traçadas na existência anterior, que também mostra quando os chelas aprendem a lição de seguirem cegamente a quem é cego, e de não invocarem a sabedoria do Logos para que seja um contrapeso à tirania do ego.

EU SOU pela liberdade através da transmutação, na vontade de Deus.

El Morya

DO LIVRO - O DISCÍPULO E A SENDA
DA MENSAGEIRA DA GFB - ELIZABETH CLARE PROPHET

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