domingo, 4 de janeiro de 2009

O CASO BARRA DA TIJUCA

Por Claudeir Covo e Paola Lucherini

Em 17 de maio de 1952, a extinta revista "O Cruzeiro", trazia um encarte "Extra" com o título "Disco Voador na Barra da Tijuca". O texto informava: "O Cruzeiro apresenta, num furo jornalístico espetacular, a mais sensacional documentação jamais conseguida sobre o mistério dos discos voadores. O estranho objeto veio do mar, com enorme velocidade, e foi visto durante um minuto, de cor cinza-azulado, absolutamente silencioso, sem deixar rastros de fumaça ou de chamas. Relato completo da fascinante aparição na Barra da Tijuca". Reportagem de Ed Keffel e João Martins. Mais abaixo, do lado esquerdo das fotos de Ed Keffel e João Martins, de terno e gravata, o texto informava: "Fantástico mas real! O disco voador sobrevoando a Pedra da Gávea, vendo-se a sua parte inferior".

A edição saiu em 08.05.52, mas a data da capa constava 17.05.52, o que é comum, até nos dias de hoje, lançar as revistas nas bancas com data futura.

Além dessa edição, a revista "O Cruzeiro" escreveu sobre esse caso por diversas vezes, como em 02.11.54, 16.11.57, 31.10.59 e 12.12.73. Jornais e revistas ao redor do mundo também publicaram o conteúdo da revista "O Cruzeiro". Diversos boletins ufológicos também publicaram o fato, tais como a APRO e a Inforespace. Em outras palavras, as fotos de Ed Keffel e João Martins talvez foram as mais publicadas em toda a história da Ufologia.

O artigo informa que, em 07.05.1952, entre 16:00 e 16:30 horas, os repórteres Ed Keffel e João Martins estavam na Barra da Tijuca fotografando casais apaixonados. Em 12.12.73, a própria revista "O Cruzeiro, em um artigo escrito por Júlio Bartolo, informava que os repórteres estavam na Barra da Tijuca localizando um estrangeiro que se parecia com Hitler. Um outro artigo menciona que eles estavam atrás do foragido Luis Carlos Prestes. Aí já começam as divergências sobre este caso, sobre o que eles estavam fazendo no local.

Saíram por volta das 12:00 horas. Por volta das 13:00 horas, atravessaram a pequena laguna no barquinho "Piaba". Ed Keffel e João Martins chegaram no Bar do Compadre, de propriedade de Antônio Teixeira, na Ilha dos Amores, na Barra da Tijuca.

Almoçaram camarões. Por diversas vezes, se levantaram para acompanhar as acrobacias da esquadrilha da Força Aérea Brasileira. Depois sentaram na areia e ali ficaram conversando. Por volta das 16:00 horas, em um certo instante, um disco voador apareceu vindo do mar. João Martins pediu para o Ed Keffel bater as fotos. A primeira foi contra o Sol. A segundo acima do morro Dois Irmãos. A terceira na Pedra da Gávea. A quarta sobre o morro que desce para o mar, onde tinha uma palmeira. A quinta e última, o objeto retorna para o mar, tendo no fundo as ilhas Alfavaca e Pontuda.

Plotando isso em um mapa (ao lado), podemos verificar que o objeto fez um círculo quase que perfeito ao redor dos dois repórteres .Veio do mar e retornou para o mar. Era totalmente silencioso. Tudo durou aproximadamente um minuto.

Eles ligaram para a redação e informaram o fato. Ainda procuraram por testemunhas, mas nada. O pescador Claudionor, o Nonô, nada vira. O dono do bar, também. Dois casais que ali estava comendo camarões também nada viram. Voltaram correndo para a redação. João Martins dirigiu o carro a "mil por hora". Esperaram uma "eternidade", aguardando a revelação do filme. Os diretores Leão Gondim de Oliveira e Accioly Netto, José Amádio, Milton D’Ávila, Ari Vasconcelos, a turma do laboratório, todos compartilhavam da nossa ansiedade. E quando por fim o filme foi tirado do fixador, e lá na película surgiram as imagens do disco, o entusiasmo foi geral. A imediata ampliação dos negativos veio confirmar nosso relato, sem possibilidade de dúvidas. Até o adido da Aeronáutica da embaixada americana, o coronel Hughes, estava aguardando a revelação. Finalmente lá estava o disco voador documentado em cinco fotos. Mandaram parar as máquinas e fizeram rapidamente um encarte extra. Não houve tempo para mudar a capa.

A notícia explodiu rapidamente. Em 08.05.52, as rádios e TVs noticiavam para todo o Brasil o feito dos repórteres. A redação de "O Cruzeiro" foi invadida.

Veio o ministro da Guerra, gen. Ciro do E. S. Cardoso, o gen. Caiado de Castro, chefe da Casa Militar da Presidência, os majores Artur Peralta e Fernando Hall, o cap. Múcio Scevola e o técnico em fotografias Raul Alfredo da Silva, todos do Estado Maior da Aeronáutica.

Assim a notícia foi para as bancas de jornais. A revista esgotou rapidamente. Nos dias seguintes, alguns Oficiais da Aeronáutica, chefiados e orientados pelo Cel. João Adil de Oliveira, estiveram o local e os repórteres fizeram as fotos, e com o auxílio de dois modelos, tentaram reproduzir a mesma seqüência de Keffel.

MILITARES À PAISANA FAZENDO ANÁLISES DE
SOMBRA NO LOCAL DAS FOTOS

Nos dias seguintes, alguns Oficiais da Aeronáutica, chefiados e orientados pelo Cel. João Adil de Oliveira, estiveram o local e os repórteres fizeram as fotos, e com o auxílio de dois modelos, tentaram reproduzir a mesma seqüência de Keffel.

Se as fotos do Caso Barra da Tijuca deram a volta ao mundo, também o mesmo aconteceu com a veracidade das mesmas. Muito se questionou as divergências das sombras, no objeto e na paisagem. O próprio diretor Leão Gondim de Oliveira contratou o perito Carlos de Melo Éboli, da Polícia Técnica, para a elaboração de um laudo técnico. Realmente, as sombras eram divergentes.

Em janeiro de 1955, a revista Ciência Popular no 76, divulgou que as fotos eram falsas. Em outubro de 1957, na no 109, a mesma revista divulgou novamente a mesma coisa (enviado por Rodolfo Heltai). O texto foi publicado assim:

"Aqui no Brasil, 'O Cruzeiro', sem favor, uma das mais esplêndidas revistas no gênero, inclusive pelo seu quadro de excelentes jornalistas, durante várias semanas, também explorou tais fotografias, desta feita obtidas na Barra da Tijuca por dois de seus repórteres, os Srs. João Martins e Ed Keffel. Fotografias completamente falsificadas, como afirmamos em nossa edição de janeiro de 1955 (Ciência Popular nº 76), e agora tornamos a declarar".

"Para nós, 'O Cruzeiro', após despertar a curiosidade de seus inúmeros leitores, iria mostrar como conseguiria falsear a verdade, e assim pôr um ponto final nessa mania de 'discos voadores'. Mas aconteceu o imprevisto, é o que supomos, com a entrada em cena de alguns Oficiais da Aeronáutica, exatos cumpridores de seus deveres, magníficos pilotos, mas jejunos inteiramente em conhecimentos científicos".

"Para esses oficiais, a reportagem de 'O Cruzeiro' calhara às mil maravilhas. E eles deitaram conferências, deram entrevistas e até foram à Campinas recolher um estanho desconhecido aqui na Terra, segundo parecer de um 'químico' campineiro, que com as asnices que proferiu apenas patenteou nada entender de sua especialização. Só assim se explica que tenha 'O Cruzeiro' permanecido num embuste tão grosseiro, que não o perceberam apenas os tolos e os incultos".

"Temos plena convicção do que afirmamos, porque essas fotografias falsificadas de 'O Cruzeiro' foram feitas na presença de amigos nossos, pessoas de grande valor moral, e que os repórteres consideraram simples pescadores. Os nossos amigos lá estavam na Barra da Tijuca, naquela ocasião, não a pescar, mas satisfazendo um hobby".

A ILUMINAÇÃO ESTÁ DIVERGENTE:

O OBJETO NÃO APRESENTA DISTORÇÃO:

Em dezembro de 1981, em correspondência com Carlos Alberto Reis, William H. Spaulding, diretor da GSW (Ground Saucer Watch), informou que já tinha analisado as fotos de Keffel e que as sombras eram completamente divergentes, principalmente na quarta foto, onde aparece uma palmeira, sendo que o ambiente foi iluminado da direita para a esquerda, quase que de frente, com o Sol ligeiramente deslocado e o objeto foi iluminado da esquerda para a direita. A GSW também descobriu que o ambiente apresenta distorção atmosférica (está longe) e o objeto não (está perto). Conclusão: foi usado um modelo de aproximadamente 40 centímetros de diâmetro. Carlos Reis publicou essa matéria na revista Planeta, nº 138-C, em março/84. Novamente a polêmica voltou à baila, tendo de um lado os defensores da autenticidade e do outro os defensores da fraude.

A FOTO DE KEFFEL E UM MODELO DE CLAUDEIR COVO:


Para visualizar melhor o contraste com a sombra, temos novamente a foto de Keffel comparada
com o modelo na posição correta, sem sombra. O mesmo pode ser observado numa foto acima
nesta página, onde um militar à paisana segura uma tampa de panela na posição correta.

DIVERGÊNCIA NAS SOMBRAS:


A seta nas duas fotos de Keffel demonstra a direção dos raios de sol para gerar a sombra no
"UFO". O sol estaria dentro d'água? Repare que na terceira foto, com a maquete de Claudeir
Covo, não ocorre nenhuma sombra no objeto.

Na quinta e última foto também a sombra é completamente divergente no que diz respeito à posição real em que está o Sol. A seta mostra claramente que para gerar a sombra no objeto, o Sol deveria estar dentro do Oceano Atlântico. Com o modelo posicionado de forma correta, não há sombras no objeto. Importante ressaltar novamente que a foto com a maquete foi feita no mesmo horário, no mesmo dia e no mesmo mês, 32 anos depois, para ter certeza de ter o Sol exatamente na mesma posição que Ed Keffel e João Martins bateram as suas fotos.

No meio dessa polêmica, o ufólogo Claudeir Covo preparou um modelo, em escala, e viajou para a Barra da Tijuca, em 07.05.84. O local estava bem diferente, mas os referenciais ainda estavam lá. Trinta e dois anos depois, no mesmo mês, no mesmo dia, no mesmo horário, no mesmo local e na mesma posição, para ter certeza do Sol estar na posição correta. Realmente as sombras geradas pela luz do Sol no ambiente e no objeto são divergentes. Primeiro foi fotografado o ambiente, depois foi sobreposta a imagem do objeto, ou vice-versa. O objeto, provavelmente, foi iluminado por iluminação artificial.

Assim, Claudeir iniciou um longo estudo, analisando não só as sombras divergentes, mas o que deve ter acontecido desde que João Martins e Ed Keffel tiveram a idéia de "fabricar" tais fotos. Pessoas do laboratório fotográfico da revista "O Cruzeiro" informaram que a dupla passou aproximadamente um mês, indo e voltando à Barra da Tijuca, bolando como iriam "fabricar" tais fotos. Tudo isso com o conhecimento da diretoria. O João Martins é que foi o mentor desse plano.

Muitos disseram que a revista estava com a vendagem muito baixa e por isso resolveram lançar essa "bomba", para aumentar a vendagem. Outros disseram que "O Cruzeiro" fez a brincadeira para depois mostrar a realidade ao público, mas como alguns oficiais da Aeronáutica entraram e endossaram a autenticidade das fotos, a revista resolveu assumir a publicação na íntegra, da forma que foi publicada. O próprio João Martins disse a um amigo que tudo foi uma brincadeira e nunca imaginou a grande repercussão do caso.

Ed Keffel tinha na sua máquina fotográfica, uma Rolleiflex, um filme com doze poses. Nas seis primeiras poses, Keffel fotografou dois elementos do Hotel onde estava residindo (duas fotos), uma paisagem (uma foto), um aspecto de um companheiro da redação (uma foto), um casal de namorados (uma foto) e o dono do restaurante (uma foto). Na sétima foto, batida pelo dono do bar, no local onde apareceu o "disco voador", aparecem os dois repórteres almoçando (SIC). Nas cinco últimas fotos aparece o "disco voador".

Para começar entender a trama, é necessário ver as fotos sem cortes. As fotos foram publicadas, diversas vezes, com cortes. Em quase todas as cinco fotos, temos da metade para baixo algo conhecido e da metade para cima o céu limpo com o "disco voador". Isso é típico de fotomontagens. A grande maioria das fotomontagens ufológicas utiliza a metade da foto de cima com o céu limpo e sem nuvens:

PRIMEIRA FOTO:
SEGUNDA FOTO:



TERCEIRA FOTO:
QUARTA FOTO:



QUINTA FOTO:

Como passaram praticamente um mês estudando o local, bem como fizeram várias experiências com modelos em laboratório, é muito provável que antes fotografaram o modelo e depois foram para o local fotografar o ambiente. Como foram diversas vezes ao local, provavelmente estavam aguardando um dia propício, sem muitas nuvens no céu.

João Martins, em suas reportagens, sempre utilizava os veículos da empresa, com motorista próprio. No dia que Keffel fez as fotos do "disco voador", eles estavam com o carro do João Martins. Parece que aqui eles queriam o menor número de testemunhas.

Alguns militares da Aeronáutica utilizaram um modelo e uma tampa de panela, e foram no mesmo local onde Keffel fez as fotos. Queriam reproduzir as cinco fotos em um minuto, atirando o modelo para o alto. Ora, não conseguiram absolutamente nada, pois se João Martins e Ed Keffel tivessem jogado um modelo para o ar, para assim fotografar, as sombras estariam todas corretas e isso não aconteceu. Por outro lado, mesmo sendo o local um tanto quanto ermo, haviam testemunhas no local, que certamente iriam por a "boca no mundo", após a publicação das fotos.

Em seus estudos, os militares falharam em identificar as divergências nas fotos 4 e 5. Nas fotos 1, 2 e 3, as sombras praticamente estão corretas. Também falharam em querer jogar um modelo para o ar, e em um minuto, sem o objeto atingir o chão, reproduzir as cinco fotos iguais as de Keffel (SIC). Isso só seria possível se o modelo fosse teleguiado (ou fosse algum bumerangue vivo). Mas, do ponto de vista técnico, o erro mais gritante foi calcular a distância do objeto em cada uma das fotos de Keffel. UM TREMENDO ABSURDO.

PRIMEIRA FOTO:
SEGUNDA FOTO:



TERCEIRA FOTO:
QUARTA FOTO:



QUINTA FOTO:

Esse estudo da FAB poderia até ser interessante, se não fosse um pequeno detalhe: QUAL O DIÂMETRO DO DISCO VOADOR? Isso a revista "O Cruzeiro" e nem a FAB nunca divulgaram. E nem poderiam, pois nas fotos do Keffel não temos elementos técnicos de referência para calcular o diâmetro, a distância e nem a altura.

VALORES CALCULADOS PELA FAB
FOTO DISTÂNCIA EM METROS ALTURA EM METROS
Primeira 1.500 490
Segunda 2.000 930
Terceira 1.200 940
Quarta 1.100 720
Quinta 3.000 580

Calcularam corretamente a inclinação do Sol em relação à linha do horizonte (nível do mar), de 27 graus e 30 minutos, mas na hora de desenhar a perspectiva, cometeram alguns erros, principalmente na quinta foto.

A própria revista "O Cruzeiro", talvez para chamar a atenção das pessoas da FAB que fizeram os cálculos e as perspectivas, fez questão de publicar, somente na quinta foto, o desenho em cima da foto. Os outros desenhos foram publicados separados das fotos. É só comparar a sombra no desenho e a sombra na imagem do objeto. Qualquer leigo poderia perceber esse grave erro. Não é necessário ser um especialista em fotos para ver isso. Também é interessante verificar a foto 02 (desenho), onde mostra a posição real do Sol:


DESENHO DA FAB
Sol na posição errada


DESENHO DE CARLOS ALBERTO REIS
Sol na posição certa

Continuando o raciocínio para tentar entender o que realmente aconteceu, ou seja, como a trama foi armada, devemos voltar novamente às 12 poses do filme de Ed Keffel. No nosso entendimento, um fotógrafo profissional que se preze, não sai por aí fotografando coisas particulares com um filme de propriedade da empresa para qual trabalha. Foi o que aconteceu.

FILME DE PROPRIEDADE DA REVISTA "O CRUZEIRO"
NEGATIVO Nº O QUE FOI FOTOGRAFADO
01 Um elemento do hotel onde Keffel estava residindo
02 Outro elemento do hotel onde Keffel estava residindo
03 Uma paisagem
04 Um aspecto de um companheiro da redação
05 Um casal de namorados
06 O dono do restaurante (SIC)
07 Os dois repórteres almoçando (SIC)
08 Primeira foto do suposto disco voador
09 Segunda foto do suposto disco voador
10 Terceira foto do suposto disco voador
11 Quarta foto do suposto disco voador
12 Quinta e última foto do suposto disco voador

Se olharmos a vista aérea (foto ao lado), o local demarcado com um "X" é exatamente onde estavam Ed Keffel e João Martins. Esse local não está na frente do restaurante, mas sim algumas dezenas de metros. Ora, porque eles bateram uma foto do dono do restaurante e depois pediu para o dono bater uma foto deles? Sem sombras de dúvidas para chamar a atenção e também para ter uma "prova" de que estavam lá. EM OUTRAS PALAVRAS, FORÇARAM A BARRA .

Ora, se eles estavam lá naquele local, para fotografar casais de namorados, como é que se explica que fotografaram somente um casal, sendo que as fotos anteriores foram batidas de coisas particulares. Tais fotografias nunca foram publicadas, mas de qualquer forma, não são relevantes para elucidação deste caso. O que é muito relevante são as cinco fotos do suposto disco voador, dentro da continuação do filme disponível na máquina.

Hoje temos filmadoras de vídeo, com baterias e fitas com longa duração. Antigamente não era assim. Quem chegou a filmar um casamento com uma película de 8 mm entenderá melhor o seguinte raciocínio. Imagine que você tem que filmar um casamento que vai durar 30 minutos e você só tem uma película de 3 minutos de duração. Você tem que filmar apenas 3 minutos, pegando as cenas mais importantes que vão acontecer durante o casamento de 30 minutos. Para você conseguir distribuir corretamente e gravar as cenas principais, você tem que saber todas as cenas do casamento com antecedência, para assim documentar os melhores momentos.

Ed Keffel só tinha 5 negativos disponíveis em sua máquina fotográfica. Ele tinha que saber com antecedência o que ia acontecer. E sabia. Estava tudo programado. Levaram mais de um mês programando tudo. Primeira foto, a noiva entrando na igreja, ou seja, o suposto disco voador entrando em cena, vindo do mar para o continente, depois o morro dos Dois Irmãos, depois a Pedra da Gávea, depois o terreno onde tinha a palmeira e finalmente, último negativo, o suposto disco voador saindo de cena, retornando para o mar. Foi tudo dividido perfeitamente. Em apenas 5 fotos conseguiram registrar o suposto disco voador de perfil, por cima, por baixo e inclinado de lado. QUANDO A ESMOLA É MUITA, O SANTO DESCONFIA .

Levando para o lado jocoso, para tudo isso acontecer, como sendo real, somos obrigados a acreditar que o "piloto" do tal suposto "disco voador" telefonou para o Ed Keffel e o João Martins, marcando um encontro com dia, hora, minuto, local e direção pré programada. CONCLUSÃO: UMA GRANDE FARSA CRIADA.

RESUMO

Os diretores da revista "O Cruzeiro", tendo em vista que a vendagem estava baixa e que também estava na moda o assunto disco voador, resolveram preparar uma "bomba", para assim aumentar a vendagem. Posteriormente, iriam divulgar como a fraude foi realizada, mostrando assim que é muito fácil fraudar fotos de discos voadores. Só que jamais iriam imaginar que os militares, comandados pelo cel. João Adil de Oliveira, iriam se interessar pelas fotos e pior, acabaram dando autenticidade às mesmas. Assim, tendo em vista os rumos que tomaram o caso, resolveram "sustentar" a grande farsa.

Infelizmente, a Ufologia brasileira começou com essa grande fraude. Seria esse também o motivo da Ufologia não decolar?

Eng. Claudeir Covo é ufólogo e presidente do INFA
Paola Lucherini Covo é diretora do INPU (www.inpubr.com.br) e do INFA


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