domingo, 11 de janeiro de 2009

INDIGÊNCIA HUMANA


Ave Caesar, morituri te salutant ! Ave César, os que hão de morrer te saúdam !

O planeta Terra, malgrado a aurora da civilização, continua ainda a gerar seus gladiadores mercenários, conquanto replicados aos nossos dias presentes, na modernidade dos tempos atuais, ainda que camuflados sob as armaduras da indiferença e da ganância patentes. Destarte empunhando a espada letal do imperialismo e da dominação outrora característica, fruto do processo de globalização apoiado nos interesses privativos e na atitude mesquinha, que se inclina, em atitude intransigente e impiedosa, orientado à predação ostensiva e insensível da Natureza e da humanidade.

Em que pese, contudo, as virtudes da interação global entre sociedades e nações, proporcionada em meio às trocas mútuas do comércio, da cultura e dos princípios ideológicos, promovendo, favoravelmente, a necessária integração e socialização do planeta, ensejam subjugar sistematicamente, dadas as relações promíscuas que soam prevalecer. À mercê, pois, do colonialismo ancestral, provido ante os pressupostos da ganância, dos privilégios exclusivos e da insensibilidade humana, os grupos sociais recessivos em questão. Malgrado a interdependência cada vez maior entre os diversos grupos sociais existentes. Destarte dispensados, tais parias globais, de qualquer vantagem que se lhes possam atrair a ganância vampirista peculiar, obstante discriminados e desqualificados, com efeito, face sua raça, sua crença, sua cultura, seu valor social e sua posição política, conquanto de menor representativa e dimensão no contexto configurado.

Em sendo assim, revela-se o mundo por ainda dividido e retalhado. De um lado, encurralados, os dominados, tendo de outro, livres e pedantes, seus dominadores. Os oprimidos e seus opressores. Configurando-se, por conseguinte, uma raça humana supostamente legítima, imperialista, conquanto privilegiada ante as diferenças exorbitantes estabelecidas, e ainda pela sub-raça; humanos na aparência dada a forma semelhante, porquanto animais face a condição de sub-existência.

Conquanto decreto profano velado, e jamais, todavia, considerando-se os princípios sagrados do amor universal, face então às circunstâncias das trocas injustas e desiguais de que se habituaram praticar por conveniência e mesquinhez peculiares, importam configurar-se as marcas profanas das distinções sociais e econômicas no mundo. Revelando, de resto, a prevalência do desamor e do egoísmo, à revelia porquanto dos deveres sagrados e inalienáveis da fraternidade, projeção expandida do ego em sua manifestação coletiva globalizada.

Em que pese, a indiferença mórbida revelada visto a aridez dos corações petrificados, ante assim o conforto privilegiado e a ostentação insensível tomados a si como distinção exclusiva, logram deveras contribuir para a manifestação das sequelas vergonhosas expressas pela miséria, pela fome e pela ignorância congênitas conformadas, tais como endemias sociais alastradas à revelia.

Concorrendo ademais, visto a aplicação compulsória da lei do retorno, para o julgamento sujeito à condenação da expiação e do sofrimento ora remontados. E dado que não cabe o juízo arbitrado sem, contudo, acusação formal de direito, reclamará a justiça Divina, nos termos das leis morais, a sanção recíproca inexorável, decorrente assim das faltas imperdoáveis do descaso, da indiferença e do abandono conferidos. Impingindo-se então compensações dolorosas retornadas deveras em reciprocidade, que conquanto ora sejam palcos de cenas repetidas, posto que irremediada a assistência, ensejará recair a desgraça sobre os que se distraem hoje frente à responsabilidade debalde reclamada. Porque não costuma falhar a justiça suprema universal, ante o discernimento infalível da arbitragem Divina, cumprem pena por ora nas grades da agonia concedânea, aqueles que então se houveram refratados ao despojo da solidariedade demandada.

Obstante, assim, importam estender, os indiferentes de agora, as mãos vazias que não se abrem à fraterna doação, isentas deveras dos calos visíveis da caridade bondosa. Conquanto o sejam calejadas, tão somente, visto o ganho exclusivo e mesquinho, no lugar de se prestarem, solidárias e benevolentes, à doação abnegada que se transporta às necessidades alheias, destarte desprovidas ainda porventura de compaixão, de desapego e de justiça. A dissimularem, pois, a intenção velada pelo ganho substantivo pessoal, à revelia do interesse e das necessidades mútuas, conquanto a preocupação exclusivista motivada ante a ganância de que se conformou, por costume, aplicar. Os ganhos relativos e supérfluos porventura obtidos dessa forma, não se farão, em vão, suficientes para deveras remediar a existência precária e miserável que se forjará daí no porvir.

Injustificáveis o sejam, no estágio atual de desenvolvimento econômico, moral e social da humanidade, a prevalência ostensiva dos estados indigentes de miséria e de fome recorrentes, que destarte se hajam até então configurados. Motivadas dada a indiferença fria e conveniente do conforto incompartilhado, bem como à intransigência das ideologias antagônicas, importando refletir as diferenças que mais porquanto logram acentuar as desigualdades e divergências recíprocas. E porque se lastra a riqueza alhures, posto que suficiente, em todos os paralelos do planeta, malgrado distribuição desigual, prescinde de se justificar as enfermidades congênitas e os óbitos conseqüentes em demasia, por conta da inanição e das condições precárias de vida de seus infelizes habitantes.

A rigor, investimo-nos ora neste mundo como prepostos privilegiados da Divindade Suprema, conquanto a confiança delegada e destarte as responsabilidades inerentes, visando assim, como pressuposto fundamental de evolução espiritual, a prática inalienável do amor e da fraternidade. Não obstante, conformamos ferir reiteradamente o sagrado juramento, que obstante nos denunciará amanhã os débitos e as falhas da existência displicente e em falta. Diante, pois, dos tribunais irremediáveis da consciência devassada. E, mormente, frente os umbrais imperativos e fatais da morte, haveremos de prestar contas de nossas falhas e omissões que deveras se amontou, e porquanto julgados na medida do peso que acaso nos houver onerado o espírito endividado. E posto que sujeitos inexoravelmente à migração na carne, haverão de habitar os ímpios os infernos astrais ante a compatibilidade afim dos acervos mentais inerentes, em cujo contexto haverão porquanto de sujeitar-se ao choro e ranger de dentes. Atolados fatalmente nas fossas imundas abissais, cujo desabrigo o sejam cavados dadas às omissões e insensibilidade do pretérito falho, inadimplente e porventura delituoso.

A ceia costuma ser farta e refinada, ante o paladar sofisticado e afetado peculiar, à mesa frugal dos poderosos e abastados. Obstante escassa e de mera subsistência, exposta, pois, aos vermes e insetos que lhes compartilham as míseras migalhas de sobrevivência paliativa, ante o contexto dos guetos sociais da indigência característica, onde comporta então desfilar a vida seus espectros miseráveis, quais párias da civilização moderna, conquanto as vestes rotas do abandono e da depreciação humana. Dado que o tenham sido as desigualdades configuradas, ante milênios de escravidão e de imperialismo predatório. Resquícios, de resto, da clausura do medo e da discriminação refratária de outrora.

Destarte implicados os reflexos ostensivos nos tempos atuais, e visto ainda a dominação pela força bruta, conquanto isenta, de ordinário, das energias sublimes do amor e de racionalidade. De vez que ainda hoje se preservem, malgrado forjadas conquanto as armas da inteligência e da cultura superior dominante. Mediante as quais, obstante as consciências prostituídas face à ganância e ao orgulho doentio, logram afirmar-se, qual âncora da desilusão e da morte prematura, conquanto sensibilizados ante o inconsciente coletivo em desequilíbrio ostensivo, ensejando agir porventura segundo a mente embotada e em desalinho de praxe. No lugar, contudo, de recorrerem, a tempo, às fibras sutilizadas do coração, havendo assim de predominar porquanto o sentimento desprendido de posse, em detrimento da razão fria e exigente, subordinando-se, sem escrúpulos, a vantagens e compensações. Visto decerto subjugada aos caprichos mesquinhos do ego, vindo então, inversamente, sublimar suas ações consoante os princípios legítimos da justiça, da verdade e da fraternidade humana.

E porque soam prevalecer tais desigualdades, no contexto mundial, ante as proporções drásticas como se conformam configurar, obstante se revelam, importam suscitar os desequilíbrios consequentes nas relações e na convivência entre as comunidades distintas do globo. Fruto deveras do distanciamento voluntário recíproco, malgrado alheio aos princípios sublimes da fraternidade. Enquanto posicionados, por assim, à deriva do eixo inerente ao amor fraterno incondicional, destarte intrínseco à natureza humana, haveremos de ser porquanto proscritos da comunidade fraterna da luz, dado decreto universal compulsório, conquanto exilados, por conseguinte, a um mundo de expiação e de provas cármicas, eximidos de antemão, face deliberação própria atendida, dos ganhos legítimos regalados pela verdadeira felicidade, qual forma de regeneração e sutilização do espírito conquanto manifesta degradação moral. E dado assim que refratários ao bem, destarte reiterado tempo, haveremos de nos submeter, como ressarcimento imperativo, à carência e à privação de caridade e de assistência a si implicados, sujeitos então, em reciprocidade, ao abrigo imputável da precariedade e do abandono ostensivo. Posto assim que hereges, frente à crença suprema do amor, haveremos de ser por fim excomungados ante a doutrina prevalente da Fraternidade Universal.

Importam, por conseguinte iludir-se, a rigor, as sociedades opressoras e insensíveis da civilização dita moderna. Que, conquanto o recurso recessivo do imperialismo econômico, ideológico, político, tecnológico e cultural, logram, inadvertidamente, armar-se da pretensão incondicional de explorar, sobressair e prevalecer. Quando decerto conformam ser seus lucros e seus poderes, valores precários e mesquinhos, de ocasião. E, posto que se submetem ao ganho imperialista de praxe, em detrimento da solidariedade coletiva, conformam, de antemão, destruir, prostituir e depreciar, preferindo debalde, ante a postura predatória característica, a exiguidade dos ganhos relativos e perecíveis, frente à potencialidade incomensurável e legítima deveras à disposição.

Não obstante, quando então os motivos de suas trocas econômicas se balizarem obstante os princípios do equilíbrio recíproco, da partilha, da satisfação mútua incondicional, privilegiando ainda em atender os valores legítimos agregados, a riqueza fluirá em plenitude, dado que provida da sintonia natural com o campo da potencialidade infinita original. Enquanto, porém, suscitada qual agora, pela insaciedade da ganância voraz que obstante enseja depredar e aniquilar, destarte a predominância do ego nos corações assim subjugados, hão de concorrer, na certa, por minguar alhures o potencial ilimitado da prosperidade, da harmonia e da paz social. Perpetuando-se amiúde as diferenças, as enfermidades, as desigualdades e todo tipo de desequilíbrio que ora implica porquanto desdobrar. Na verdade, a plenitude da vida e do potencial humano conformam por prevalecer ante à dependência das compensações positivas e construtivas que se logra naturalmente empreender, emanadas conquanto as trocas análogas destarte recíproco retorno e aceitação..

As bases com que se sustenta o sistema econômico no mundo atual, comportam gerar os contornos cármicos da miséria, da indigência, da ignorância e da fome, porquanto providos dado o abismo das endêmicas desigualdades sociais patentes. Qual chagas morais a depreciar os valores legítimos da humanidade face responsabilidade solidária, alienada conquanto a zona de conforto a si conferida, malgrado despercebida e indiferente destarte às ocupações egoísticas e desnecessárias das comunidades civilizadas de nosso planeta. Ocupadas decerto em manter suas posições venais de liderança imperialista, conquanto preservadas a qualquer custo, e obstante entretidas destarte suas formas prostituídas e fúteis de entretenimento estéril.

Ensejam, assim, de ordinário, alienar-se, mediante o despudor característico, frente à fome e à precariedade da existência falida. Que conquanto se revela sobremaneira aos olhos sensíveis que ainda se toca, visto porquanto os umbrais da inanição letal, concorrendo então para a impunidade conveniente da mortandade precoce. Onde infelizmente seres miseráveis soam minguar à mercê das circunstâncias inerentes sob campos de abandono e de indiferença surreais. Posto que deveras não possuem, por azar, os valores de troca mesquinhos, destarte necessários ante a ambição interesseira e desmedida de praxe, a ponto de assim assegurar o bem estar exclusivo dos que detêm a riqueza, o poder e o domínio preponderantes. Face porquanto à morbidez altiva do conforto angariado somente a si, não logram acaso dispor da grandeza de espírito visto então dirigir os olhos para mais abaixo, e assim retirar das câmaras inferiores de padecimento e de morte os irmãos legítimos que sofrem no silêncio do desamparo e conquanto sujeitos à humilhada e vil resignação.

A rigor, o caminho transitado para se alcançar a plenitude humana, enseja nos dispor ao resgate das misérias alhures afloradas, expostas à revelia, qual chagas sociais, que deveras conformam degenerar os valores e princípios da sociedade moderna, mantendo-a isolada e perdida, de resto, conquanto exílio voluntário, frente porquanto à congregação mística da Fraternidade Universal. E ainda que se logre preferir o isolamento deliberado, malgrado a rebeldia ostensiva e conveniente, prevalecerão, à revelia, ainda que invisíveis, as trocas compulsórias substantivas que se comportam fazer com os mundos resgatados de suas enfermidades morais remanescentes. Cujo intercâmbio, qual spot de luz na escuridão prevalente, enseja entrever a realidade luminosa que se descortina atrás da cortina de fumaça conformada dada a ignorância e a indigência moral predominantes.

Com vistas assim à prevenção da vitalidade social do planeta, torna-se indispensável erradicar toda espécie de indignidades, de preconceitos e de injustiças, para que logremos enfim nos inserir na comunidade fraterna dos mundos superiores. Onde deveras se conformam dispor plenas a riqueza, a sabedoria, a saúde e a harmonia recíproca. Plenitude que conquanto provém do amor incondicional que enseja fluir naturalmente entre os corações irmãos, e cuja força importa decerto resgatar toda ordem de miséria, de diferenças e de desavenças, posto que seja condição natural e sustentável. Conquistas porquanto inalienáveis, não provendo assim as seqüelas indesejáveis ante as intenções mesquinhas e dissimuladas das trocas insensíveis e compensatórias conformadas, conquanto peculiar à incivilização terrena.

Destarte a nova ordem social iminente, carecemos de arregimentar gladiadores do bem em meio à inadiável tarefa compulsória, cuja valentia e vigor devam pelejar no resgate de toda miséria humana, sejam elas de natureza material, cultural ou moral, como antídoto ao envenenamento social contagioso que ora comporta contaminar a humanidade de nosso planeta. E que conquanto o sejam suas armaduras forjadas pelo aço sutil e sublime da espiritualidade inerente, e acaso suas armas feitas do bronze luzidio reflexo da genuína compaixão, sendo porquanto suas estratégias de guerra suscitadas ante os princípios naturais e universais que lhes vem de predominar enfim a consciência ora sublimada. E doravante, obstante guiados face à voz suave do coração plenificado de amor, hão de resgatar todo padecimento da face da Terra, restabelecendo de vez o paraíso perdido outrora anunciado, dado então a queda definitiva do império do ego conquanto para sempre abatido. Ressoando porventura o cântico universal, em louvor e reconhecimento ao Pai celestial, através de uma só voz propagada ante as vibrações sublimes da Luz, da Paz e do Amor:

Ave Senhor do Universo, os que se tornaram imortais, ora Te saúdam !

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