domingo, 7 de junho de 2009
AF 447: Brasil evita privilegiar tese de falha técnica Da Agência JB
Informações coincidentes divulgadas em Paris durante o fim de semana reforçaram a tese de que falhas nos aparatos de medição de velocidade do Airbus A330 causaram o acidente com o avião da Air France sofrido há uma semana. Contudo, neste domingo, o secretário de Transportes francês, Dominique Bussereau, tratou de limitar as especulações relativas a este sistema de cálculo de velocidade.
O secretário precisou que, até o momento, nenhuma hipótese sobre as causas do desastre foi privilegiada e tratou de limitar a importância da tese relativa à sonda em questão.
"Desintegração do voo, choque ou impacto contra a superfície do oceano. Por enquanto, não existe qualquer indicação que permita privilegiar uma dessas hipóteses, afirmou Bussereau à emissora de rádio RTL. "Imaginemos que houve falha nessas sondas, com apenas esta falha não se pode explicar o problema da desaparição do voo AF447."
Segundo o semanário francês Journal du Dimanche , os problemas com os medidores de velocidade, os chamados tubos pilots, haviam sido identificados nos Airbus desde 1996.
No sábado, o escritório francês responsável pelas investigações havia constatado um número de falhas nos instrumentos que permitem medir a velocidade nos Airbus A330. Investigadores franceses precisaram que o fabricante europeu do Airbus havia previsto substituir os instrumentos em todos os modelos A330 e A340.
Apesar das suspeitas, presidentes de várias das maiores companhias aéreas argumentaram neste domingo que o Airbus A330 é um avião seguro e a queda da aeronave da Air France deve ser vista como um acidente isolado.
"É um avião bom, seguro", disse o presidente-executivo da Singapore Airlines, Chew Choon Seng, que tem encomendas de 16 unidades do A330 e 33 aviões Airbus de outros modelos até março. "Não devemos tirar conclusões precipitadas", acrescentou.
A Korean Air, que utiliza três desses modelos, disse que os aviões são bons tecnicamente e que também não pretende encostá-los.
O acidente aconteceu em um momento ruim para as companhias aéreas, já sofrendo com uma combinação de baixa demanda de transporte de carga e passageiros, preocupações com a gripe A (H1N1) e o preço crescente do petróleo.
Apesar da desaceleração, a fabricante europeia de aviões Airbus está mantendo a meta de vender cerca de 300 aviões em 2009.
"Trezentos ainda é a nossa meta, mas é mais que um esforço agora", disse à Reuters o diretor comercial da Airbus, John Leahy.
Busca
O submarino nuclear de ataque francês Emeraude chegará quarta-feira à zona onde o Airbus da Air France teria caído, para participar na busca das caixas-pretas da aeronave, anunciou o gabinete do primeiro-ministro francês.
O envio do submarino nuclear de ataque, sem precedentes em tais circunstâncias, foi anunciado sexta-feira pelo ministro da Defesa, Hervé Morin. O Emeraude é um dos seis submarinos nucleares de ataque franceses e não leva mísseis nucleares.
O primeiro-ministro francês, François Fillon, nomeou Pierre-Jean Vandoorneun, atual inspetor-geral das Relações Exteriores, embaixador encarregado das relações com as famílias das vítimas desaparecidas.
Fillon reuniu neste domingo vários ministros, entre eles o do Transporte, Jean-Louis Borloo, e o chanceler Bernard Kouchner, com o objetivo de coordenar todas as ações iniciadas após o desaparecimento do Airbus
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