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Fotografias de OVNIs sempre me fascinaram! Eu ficava imaginando os truques e artifícios que o fotógrafo usara, principalmente quando ainda não existia a tecnologia digital. Divertia-me com isto. Até que, dia destes, resolvi fabricar minhas próprias fotos.
A proposta era produzi-las com material caseiro, uma câmera digital comum e um software bem simples. Então, peguei algumas pequenas peças de conexão de TV a cabo e as amarrei em uma linha de costura, branca. Pendurei as peças em um cabo de vassoura e as coloquei do lado de fora de uma janela. Para dar a ilusão de movimento, balancei a vassoura de um lado a outro. Para criar um tom metálico, disparei o flash da câmera.
Enviei algumas fotos para os companheiros Leonardo Stern e Homero Ottoni. Sugeri que fizéssemos uma pegadinha com os amigos da lista CeticismoAberto, divulgando as fotos como autênticas. Eles me disseram que não viam mal nisso e o Léo, inclusive, deu-me algumas dicas preciosas. Tomei gosto. Fabriquei um "disco voador" em miniatura, utilizando arruelas e peças plásticas para fixação de fios elétricos em rodapés. Daí em diante, fui me "especializando", aproveitando as fotos que me pareciam mais realistas, preocupando-me com a posição da luz, com a proporção dos objetos e, para dar acabamento, desmanchando os fios no Paint Brush.
Mandei o material para Kentaro Mori, que - segundo me disse - gostou bastante dele. Fiquei satisfeito. Afinal, se o Mori – acostumado a receber inúmeras fotografias de OVNIs – aprovou , o trabalho deve ter ficado razoável :-) Publicamos, enfim, a pegadinha na lista CeticismoAberto.
Bem, não vingou! Também pudera! Postar fotos fabricadas para um grupo repleto de pessoas com apurado senso crítico, funcionou tanto como dar um tiro no próprio pé! E a alternativa - nem sequer considerada por nós - seria enviá-las a algum grupo de ufologia, provavelmente acompanhadas de um relato fantasioso, o que acabaria transformando a brincadeira em fraude.
A pegadinha serviu, ao menos, para mostrar como é fácil produzir engodos. E, como me disse o Homero, talvez nós ainda vejamos estas fotos na web, consideradas como autênticas! Afinal, para aqueles que precisam acreditar cegamente, uma imagem vale muito mais do que mil palavras.
Então, como dizemos aqui em Minas, "fica assim". Ainda não foi desta vez que fizemos contato. Mas se depender de mim ... olhem lá, "eles" já estão por aqui!
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>> Confira também a análise de Ricardo Kossatz das fotografias. <<
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