Caçadores buscam beija-flor raro para comer seu coração
Pesquisadores calculam que restam apenas 2 mil exemplares do mirabilis.
Pássaro da Amazônia peruana é mistura de colibri com pavão.
Em um dos pontos mais altos da Amazônia, onde ela se mistura com a Cordilheira dos Andes, agricultores peruanos convivem com uma raridade da fauna: o beija-flor mirabilis. O maravilhoso, como preferem chamar os especialistas em pássaros. Não é fácil encontrá-lo. É um animal exclusivo desta área. Ocupa uma faixa de 200 quilômetros de extensão, entre dois e três mil metros de altitude.
De acordo com os biólogos, atualmente não há mais do que 2 mil colibris mirabilis em toda a natureza. A população tem diminuído muito nos últimos anos. É que, embora seja uma espécie raríssima, é um animal muito perseguido pelos caçadores. O bichinho foi parar na lista dos mais ameaçados de extinção. A caça é para comer o coração do mirabilis - onde, segundo uma lenda, há propriedades afrodisíacas.
Um engenheiro agrônomo da região transformou seu sítio em reserva particular. Quer ajudar a proteger o animal. O beija-flor gosta muito de uma espécie de orégano da montanha que tem bastante na reserva. Gosta também de vasos com água açucarada. É desse jeito que alguns produtores costumam atrair colibris para suas chácaras.
O corpo tem cinco centímetros apenas. Mas medindo tudo, chega a 15. É que este colibri tem duas espátulas curiosas na cauda. Os estudiosos dizem que são armas de proteção contra os predadores naturais. É um pássaro diferente de todos os outros, único no mundo inteiro.
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