Professor Jaques Danon, astrônomo e
diretor do Observatório Nacional
01 – "São chuvas de meteoros".
02 – "A Terra passa hoje pela órbita do Halley, onde ele deixou partículas que agora estão caindo no nosso planeta".
Já Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, astrônomo, afirmou categoricamente que "são meteoros". Alguns astrônomos deviam ganhar o Prêmio Nobel, pois descobriram um novo astro nos céus, um tal de meteoro motorizado que persegue aviões. E deve ser do tipo helicóptero, já que consegue parar em pleno ar e depois sair em altíssima velocidade. E, pelas descrições das testemunhas, esses meteoros devem ser tripulados, pois fazem looping e movimentos inteligentes. Dois astrônomos candidatos a esse prêmio são do Rio de Janeiro: professor Jaques Danon e Ronaldo Rogério de Freitas Mourão.
Por que ninguém viu as bolas luminosas relatadas em maio quando o cometa de Halley se aproximou da Terra em outubro de 1985 pela primeira vez? Nesse mês também tivemos uma chuva de meteoros e ninguém confundiu com discos voadores. Será que os meteoros de maio eram diferentes? Em maio, realmente tivemos uma chuva de meteoros e também um show de discos voadores. A chuva de meteoros foi visível em todo o planeta e o show de discos voadores foi visível somente em alguns Estados brasileiros.
Todos lembram da posição de Mourão no evento do comandante Gerson Brito, em 08/02/82. Naquela época, a cada dia o astrônomo dava uma explicação diferente. No fim ele mesmo já não sabia o que as 150 testemunhas, a bordo do avião tinham visto. Um fato muito interessante é que agora a Aeronáutica confirmou que o disco voador que seguiu o avião do comandante Brito tinha sido detectado pelos radares do Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), o que na época foi negado. Teriam os radares detectados o planeta Vênus? Na época, disseram o seguinte com relação ao depoimento de Mourão: "Por mais de uma hora o avião foi seguido pelo planeta Vênus, e, quando chegou ao Rio de Janeiro, Vênus percebeu que o aeroporto era muito pequeno para ali aterrissar, e, conseqüentemente preferiu retornar ao espaço e continuar sua órbita".
Mário Schemberg, físico
01 – "Já houve muitos relatos de pessoas que tiveram experiências com OVNIs".
02 – "O fato de a Aeronáutica admitir oficialmente OVNIs nos céus brasileiros vai fazer com que se aceite cada vez mais a hipótese dessa existência".
Já Augusto Daminelli (foto abaixo), astrônomo, diz que não tem dados técnicos para explicar. Ele acha ignorantes as pessoas que dizem "isso não existe".
Aydano Barreto Carleial, diretor de programas do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
01 – "Pode ser OVNI".
02 – "Como refletiu nas telas do radar deve ser material, mas não sei de que tipo".
Iwan Thomas Halasz, radioamador
01 – "Satélites em órbitas inferiores a 400 km são detectados pelos radares".
02 – "A Goddard Space Flight Center (GSFC) não comunicou nenhuma reentrada de satélite em nossa atmosfera".
03 – "Em Ottawa, Canadá, o fluxo solar é medido todos os dias às 17:00 horas UTC. Entre 15 e 20 de maio de 1986, o número de manchas solares aumentou em 3 vezes, de 7 para 21 (Zurich ou Wolf). Em 17/05/86, danificou-se o computador a bordo do satélite Oscar-10 (três anos de funcionamento)".
Mancha Solar – provoca perturbações magnéticas e ionizações; causa o efeito aurora; condições anormais de propagação (VHF e UHF); interfere nas comunicações via satélite; interfere nos sinais recebidos e transmitidos por sondas interplanetárias; intensifica as tempestades magnéticas; cria uma forte radiação cósmica no Cinturão Van Allen.
Ionização – é o desdobramento de moléculas em dois ou mais átomos eletricamente carregados, por colisão de altas energias. Quando os elétrons são misturados com os íons positivos em números aproximadamente iguais entre si, eles formam um plasma altamente condutivo capaz de refletir até ondas decimétricas, e conseqüentemente podem ser detectadas pelos radares.
O radioamador Iwan Thomas Halasz relatou alguns detalhes que não podem ser desprezados, correlacionando os efeitos das manchas solares com os avistamentos de maio. Não temos dúvidas que esses avistamentos eram discos voadores de origem extraterrestre. Do ponto de vista técnico, uma hipótese é que os seres que pilotam os discos voadores também analisam os efeitos das manchas solares em nosso planeta. É necessário fazer um estudo detalhado com relação aos avistamentos ufológicos nos períodos em que ocorrem as manchas solares em outras épocas. As manchas solares ocorrem entre nove a treze anos. Desta vez também tivemos uma grande aproximação do planeta Marte da Terra. Sabemos que em Marte não há vida, pelo menos igual a nossa. Mas todos esses dados são técnicos e devem ser analisados e correlacionados com a ufologia.
Franklin Story Musgrave, astronauta norte-americano
01 – "Não acredito em discos voadores, mas que existem, existem".
02 – "Conheci na NASA estudos bem sofisticados sobre OVNIs".
03 – "A vida em outros planetas na Via Láctea é uma certeza estatística".
04 – "A NASA não tem nenhuma prova satisfatória que seres extraterrestres visitem a Terra" (Essa é a posição da NASA perante o público, mas sabemos que a realidade é bem diferente).
Professor Michael Persinger (Canadá)
01 – "Estatisticamente existe uma correlação entre os avistamentos de OVNIs e os terremotos (antes e depois), e também os impactos de meteoritos".
02 – "Os movimentos das camadas tectônicas no interior da Terra, devido ao atrito das rochas, produz um gás quente e ionizado que escapa da superfície do solo, em forma de bola luminosa, e produz radiofreqüência que causa interferência eletromagnética".
O dr. Brian Preire (Departamento de Minas do Estado do Colorado, EUA) reproduziu em laboratório a tese do professor Michael Persinger. Um bastão de granito foi submetido a uma enorme pressão até estourar, liberando gases ionizados e luminosos com intensa radiofreqüência. As bolas luminosas podem durar muitos minutos.
O trabalho realizado pelo professor Michael Persing e o dr. Brian Preire é muito bom e mostra uma realidade que também é analisada e pesquisada pela ufologia. O que eles relataram mostra um fenômeno muito comum nos locais onde há falhas geológicas, e normalmente é confundido pelos leigos como sendo UFO. O comportamento dessas bolas ionizadas é conhecido e nada têm a ver com o que foi narrado pelas autoridades da Aeronáutica. Infeliz foi a produção do programa de TV que colocou essa pesquisa em confronto com os fatos e narrativas de maio, confundindo a opinião pública.
Mas até entre os ufólogos há casos de enganos ou mesmo de fraudes que não sobrevivem a uma análise técnica. É o que ocorre com o ufólogo que, ao receber uma foto de um suposto disco voador, conclui precipitadamente que é um autêntico UFO e corre a um meio de comunicação para divulgá-la. Entretanto, vem um especialista em fotos e revela que tudo não passa de um simples reflexo nas lentes da máquina fotográfica. Como fica o público e, conseqüentemente, o ufólogo? Alguns, por medo de confessar a sua precipitação, passam a enganar aos outros e a si mesmo.
É muito importante que todos os ufólogos tenham consciência do caso que se está pesquisando, analisando-o sob todos os sentidos e, só depois de ter certeza de todos os detalhes, é que se deve levar ao público o seu trabalho. Só assim a ufologia será respeitada.
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O FILME DA MIKSON
Este filme foi realizado em 29 de maio de 1986, dez dias após a "A Noite Oficial dos OVNIs", pela equipe de vídeo da Mikson, do prédio do Banco do Estado de São Paulo, início da avenida São João. Até agora, todas as análises realizadas comprovam que foi filmado um autêntico disco voador, de forma esférica, tendo de 6 a 8 metros de diâmetro. O objeto se encontrava aproximadamente a 10 km de distância, sobre a Serra da Cantareira, e foi inclusive detectado pelos radares de São Paulo.
O depoimento do astrônomo Roberto Boczko sobre o filme é de grande importância, pois descarta a possibilidade de engano com algum astro celeste. Disse ele que:
01 – "A maior semelhança seria com a Lua, mas como ela foi filmada em outra posição, do lado direito, então não pode ser".
02 – "Nenhum planeta tem um brilho com tamanha magnitude".
03 – "Estrela nessa posição não tem nenhuma com esse brilho".
04 – "A menos que fosse um tipo de refração anômala, uma espécie de miragem, que faz com que a imagem apareça em uma posição em que ela realmente não está".
05 – "Esse objeto não deve ser confundido com nenhum astro celeste, e a explicação então deve ser procurada em algum outro campo e não na astronomia".
Eng. Claudeir Covo é ufólogo e presidente do INFA
FONTE: Revista Planeta, "O Assunto é Ufologia", nº 14 (setembro de 1986)
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