terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Códice sobrevivente dos Maias

Os Maias adoravam o sol como deus da fertilidade. Segundo Maurice Cotterell, há várias evidências de que o sistema endócrino das mulheres privadas de sol durante grandes períodos sofrem grandes alterações, afetando severamente a produção de estrogênio e progesterona, hormônios vinculados à fertilidade e à menstruação, e a produção de melatonina, o hormônio da "sincronização", vinculado ao biorritmo.

Provando essa teoria, há um artigo publicado na revista New Scientist, em junho de 1989, sobre a dependência endócrina em função da radiação solar. Stefania Follini, uma projetista de interiores, passou quatro meses em uma caverna no Novo México. Seu dia tinha a duração de 35 horas, intercalado com períodos de sono de aproximadamente dez horas. Ela perdeu 7, 7 kg e houve interrupção de seu ciclo menstrual. Follini também pensou ter passado somente dois, e não quatro meses, dentro da caverna.

Além das deformações genéticas e da alteração na fertilidade feminina, as atividades das manchas solares também podem ter causado uma pequena era glacial que provocou uma grande seca na região dos Maias, ocasionada pela redução do volume de água evaporada dos mares.

Uma das provas de que os Maias sabiam dessas alterações na irradiação solar é o calendário sagrado Maia, de 260 dias, cujo fim de ciclo se relaciona exatamente com a superposição dos campos solar e equatorial do sol.

Além disso, cálculos demonstram que o ciclo de manchas solares é de 68.302 dias, e que após 20 ciclos (20 x 68.302= 1.366.040 dias) o campo magnético da lâmina neutra solar se inclina. A Terra tenta alinhar seu eixo magnético com o do sol e também se inclina - o que pode causar catástrofes de dimensões gigantescas no nosso planeta.

Ernst Förstemann, funcionário da biblioteca de Dresden (Alemanha) que em 1880 estudou um dos códices Maias guardados nesta biblioteca - o Dresden Codex - achava que a cadeia de dias organizada pelo calendário sagrado não correspondia a nenhum ritmo celeste - embora também lhe chamasse atenção o número 1.366.560 e a chamada "data de nascimento de Vênus", então fixada em 10 de agosto de 3113 a. C.. Cotterell, no entanto, observou que contando o número 1.366.560 a partir do início do calendário Maia, chegaremos perto do ano de 627 - segundo ele, o centro exato do desvio magnético solar e período de baixa atividade das manchas solares, que teria causado o declínio Maia. Esse estudioso concluiu que o planeta Vênus deve ter sido monitorado justamente para auxiliar o acompanhamento dos ciclos de manchas solares, porque esperavam a reversão após 20 ciclos, como de fato aconteceu, embora com uma certa diferença de dias: 1.366.040 é o cálculo científico e 1.366.560 o cálculo dos Maias, feito a partir do acompanhamento da trajetória do planeta Vênus. Essa mudança de direção do campo magnético solar, que acontece cinco vezes em cada ciclo cósmico, é o que, para muitos, abalará o eixo da Terra, que ficará sujeita a terremotos, enchentes, incêndios e erupções vulcânicas. O próximo fim de ciclo ocorrerá em 2012, quando começará o quinto mundo, considerado muito perigoso pelos Maias. Na realidade, esse ciclo já começou em 1988, considerado por Argüelles o primeiro ano da profecia. A partir de 2012 essa profecia ficará mais intensa, mais eficaz. Mas não precisamos necessariamente embarcar nas previsões de Cotterell, que acha que a humanidade não escapará de enfrentar enormes cataclismas. Para o físico Stephen Hawking, a humanidade é a responsável - e não irá cumprir mais mil anos se o planeta continuar aquecendo como vem ocorrendo.

Com catástrofes ou não, começamos a entender que a chamada adoração ao Sol, tal como é atribuída aos antigos Maias, era, na realidade, o reconhecimento de que o Sol transmitia a eles muito mais do que luz e calor.

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