Por Claudeir Covo e Ubirajara Franco Rodrigues
A QUEDA DE UM UFO
13.01.96, às 08:00 HS (Talvez 20.01.96) – Carlos de Sousa, empresário e piloto de ultraleve, residente na cidade de São Paulo (SP), em 12.01.96, à noite, saiu de São Paulo e pernoitou no hotel Havaí 5.0, em Mairiporã (SP), à beira da rodovia Fernão Dias. Por volta das 04:00 horas da manhã, já 13.01.96, acordou, se preparou, tomou o café da manhã e seguiu viagem, com destino à cidade de Três Corações (MG), local onde iria se encontrar com uns amigos para tratar de um campeonato de vôo com ultraleves. Carlos acredita que esse fato ocorreu em 13.01.96. Talvez possa ter ocorrido em 20.01.96, mas seus amigos confirmaram a data de 13.01.96.
Carlos viajava pela rodovia Fernão Dias, dirigindo a sua pick-up Fiorino vermelha, quando a uns 5 quilômetros antes de chegar no trevo da entrada para a cidade de Varginha, por volta das 08:00 hs, ouviu um ronco abafado de motor. Pensou que era defeito do seu veículo. Parou em uma área que foi desterrada, do lado oposto da rodovia. Ao sair do carro viu uma estranha nave no céu, em torno de 120 metros de altura, à sua esquerda, voando no sentido de Varginha para Três Corações. Era metálica, totalmente polida, refletia muito bem a luz solar, não tinha nenhum ponto de luz colorida ou piscando na estrutura, tinha pelo menos quatro janelas redondas de cada lado, de 10 a 12 metros de comprimento, de 4 a 5 metros de diâmetro, em forma de charuto, levemente ovalada. A metade direita da frente tinha um grande buraco, com o diâmetro aproximado de 1,5 metros, tendo uma grande fenda na lateral direita, começando no buraco e indo até o centro da nave, por onde saia muita fumaça branca, tipo gelo seco. Pela descrição do Carlos, a nave era exatamente igual àquela vista de madrugada pelo casal Eurico e Oralina. Agora, a única diferença era a emissão de ruídos. É muito provável que seja a mesma nave. Se realmente era a mesma, com certeza, os militares acompanharam essa nave a noite toda.
A nave voando, foi passando por cima da rodovia, indo da sua esquerda para a direita, seguindo quase paralela com a rodovia, formando um pequeno ângulo, se afastando da pista, na velocidade de 80 a 100 Km/h. Carlos entrou na sua pick-up e durante uns 20 quilômetros pela estrada, pode acompanhar a nave, agora à direita do seu veículo, quando verificou que ela começou a cair rapidamente, talvez formando um ângulo de 30º com o solo, de forma que quando caiu foi se arrastando pelo meio da mata. Ela não caiu de bico. Quando a nave sumiu por detrás das árvores, talvez um quilômetro de distância da pista, ele começou a procurar alguma estrada secundária para tentar chegar no local. Encontrou uma estrada de terra batida, por onde entrou e chegou no local, passando no caminho por uma pinguela sobre um riacho. Entre localizar essa entrada e até chegar no local, Carlos calcula que levou de 20 a 30 minutos. Chegando no local do acidente, havia uma espécie de campo aberto, com muito capim gordura. Esse local pertence à fazenda Maiolini, situada em Três Corações. Bem ao longe havia árvores e montanhas. As cenas que ele viu, jamais vai esquecer. Havia destroços para todos os lados. Muitos pedaços pequenos. Parecia papel alumínio, muito fino. Ao longe podia ver pedaços maiores, não maior do que a traseira de um carro Opala. Pegou um pedaço daquele material, uma folha no tamanho aproximado de 1,00 x 0,60 metros. Era muito leve. Soltando no ar, caia como pena. Carlos amassou totalmente aquela folha, e ao soltar, ficou assustado, pois a folha se desamassou e voltou ao normal, sem nenhuma marca do amassamento.
Mais a frente viu um helicóptero, dois caminhões com lona do Exército, uma ambulância tipo jipe com uma cruz vermelha e três automóveis. Carlos não sabe como chegaram lá. Tinha de 30 a 40 soldados do Exército e da PM. Tinha pelo menos 2 enfermeiros. A preocupação dos militares era pegar os pedaços pequenos mais distantes dos pedaços maiores. O cheiro no local era horrível. Uma mistura de amônia com éter. As vezes parecia água podre. Carlos não viu seres, mas tem certeza que lá tinha seres, e não era deste mundo. De repente levou um susto. Alguém veio em sua direção. Um cabo da PM. Uma pessoa de cor. Devia ter 1,90 m de altura. Usava calças marrom escuro e blusa bege. Retirou o material das mãos do Carlos e disse "vai embora, você não viu nada". "Calma, é um acidente aéreo e eu quero ajudar", disse Carlos. "É um acidente, mas não é da sua conta", disse o cabo da PM. Outros soldados foram se aproximando e gritando "leva ele embora daqui, leva ele embora daqui, rápido. Você não viu nada e não conte pra ninguém. Some daqui". Carlos pegou a pick-up, manobrou com dificuldades e voltou para a rodovia Fernão Dias. Meio transtornado, Carlos parou sua pick-up na beira da estrada e ficou pensando. Queria voltar lá, mas estava com medo. Deve ter ficado aí por mais de uma hora. Retornou na Fernão Dias, na direção de São Paulo. No segundo restaurante à direita da estrada, já tendo passado a entrada de Varginha, resolveu parar. Aquelas imagens não saiam da sua mente. Até esqueceu do seu compromisso. Ficou lá um bom tempo.
Por volta das 11:00 hs, ainda no restaurante, alguém se aproximou. "Você é o Carlos de Sousa?". "Sim", respondeu Carlos. "Vem até aqui fora que queremos bater um papo". Estavam vestidos como civis, mas tinham o corte de cabelo como militares. "O que você viu?", perguntaram. "Eu vi tudo e sei que alguma coisa errada aconteceu lá", respondeu Carlos. "Você não viu nada, você mora na rua tal, na cidade tal, casado com fulana, seu pai é tal, sua mãe é tal, etc..., etc..., etc... Se você abrir a boca e contar o que viu, vai se dar muito mal". Eles já tinham conseguido a ficha inteira da vida dele. Devem ter anotado a placa da sua pick-up, e em duas horas já tinham tudo à respeito de Carlos. O compromisso do Carlos, motivo da sua viagem, já tinha passado da hora. Depois de algum tempo, após por a mente em ritmo normal, decidiu voltar para a cidade de São Paulo.
Carlos só falou desse evento para sua esposa e para dois amigos próximos. "Estou com isso atravessado na garganta a mais de 8 meses", garantiu Carlos. "Tenho parentes que sumiram na época da ditadura. Eu tenho conhecimento do que esses militares são capazes. Depois que um amigo meu leu o artigo na revista Planeta, de setembro de 96, contendo o dossiê completo sobre o caso conhecido como o Caso Varginha, e comentou comigo, resolvi contar tudo".
OBSERVAÇÃO – Depois que Carlos deu o seu depoimento, passamos a investigar os fatos. No local onde ocorreu a queda, há várias casas, distantes pelo menos 500 metros. Vários moradores da região informaram que nada ouviram ou viram acontecer no dia mencionado. Alguns pontos da narração do Carlos de Sousa batem com outras informações que temos e outros pontos são totalmente divergentes. Durante todo o tempo de pesquisa do "Caso Varginha", recebemos informações, desinformações e muitas brincadeiras. O depoimento do Carlos tem que continuar a ser melhor investigado, até ser descoberto toda a verdade. Meses antes do Carlos de Sousa fazer o seu relato, dois militares já haviam nos confidenciado que viram quando dois caminhões chegaram na ESA, carregados de estranhos metais. Uma área foi isolada e quando tais metais estavam sendo retirados, eles perceberam que eram manuseadas com grande facilidade, ou seja, eram extremamente leves. Tal fato ainda não tinha sido relatado à Imprensa, o que corrobora com as informações do Carlos. De qualquer forma, a dúvida continua.
A CAPTURA DE UMA ESTRANHA CRIATURA
20.01.96 – 08:30 HS
O Corpo de Bombeiros de Varginha recebeu um telefonema, não se sabe de quem, de que havia um animal estranho no bairro Jardim Andere. Talvez algum morador da região tenha ligado para os bombeiros, ou então essa pessoa tenha ligado para o 190 e a Polícia Militar (PM) tenha acionado os bombeiros. Há ainda a hipótese de que o próprio Exército tenha acionado os bombeiros. Redes, luvas e equipamentos foram preparados e uma viatura se deslocou para o local, com quatro bombeiros, sob a coordenação do Major Maciel. Os quatro bombeiros são o sargento Palhares, o cabo Rubens, o soldado Santos e o soldado Nivaldo.
Chegando no local, os bombeiros passaram a procurar o tal animal estranho. Deram algumas voltas e estacionaram o caminhão na Rua Suécia, no Jardim Andere. No local tem um enorme barraco descendente, onde termina na linha férrea.
20.01.96 – 10:30 HS
Os quatro bombeiros desceram o barranco, viram a estranha criatura e jogaram a rede em cima dela. Segundo os militares, a estranha criatura estava abobada e não ofereceu nenhuma resistência. A criatura emitia um estranho ruído, meio agudo. Quando os bombeiros retornaram, agora subindo o barranco, viram que do lado do caminhão do Corpo de Bombeiros havia também um caminhão do Exército. Os bombeiros entregaram a estranha criatura para os militares da ESA – Escola de Sargentos das Armas do Exército de Três Corações. A estranha criatura, ainda envolta à rede, foi colocada em uma caixa de madeira, a qual foi coberta com uma lona, e foi colocada na traseira do caminhão do Exército, sob a guarda de dois soldados.
Esse caminhão se dirigiu para a ESA, em Três Corações e o caminhão do Corpo de Bombeiros retornou ao quartel, em Varginha.
Na distância de 100 metros, havia alguns pedreiros e alguns serventes, os quais estavam enchendo uma laje, e também acompanharam toda a movimentação dos bombeiros no local. Três adultos e três crianças, que também assistiram tudo, quando estavam indo embora, o pedreiro Henrique José de Souza perguntou o que estava acontecendo, e eles disseram que os bombeiros capturaram uma estranha criatura.
Várias outras pessoas disseram que viram o caminhão do Corpo de Bombeiros no local, não só de manhã como também à tarde. No fim da tarde também viram uma viatura da Polícia Militar. Tais pessoas ainda estão com medo e não querem dar entrevista para a Imprensa.
O que aconteceu com essa criatura não sabemos. Diversos fragmentos de informações narram que a estranha criatura foi mantida em cativeiro, por um ou dois dias na ESA. Alguns acreditam que ela foi mantida em cativeiro na cadeia da Polícia Militar situada no bairro Santana, em Varginha. Depois, a tal criatura foi colocada dentro de uma caixa metálica, cheia de pequenos furos, e de helicóptero, foi enviada para Campinas (SP) e entregue aos cuidados do Dr. Fortunato Badan Palhares e Dr. Conradin Metz, ambos da Unicamp (Universidade de Campinas).
20.01.96 – 14:00 HS
Uma testemunha civil, que já foi militar, a qual pediu para não ser identificada publicamente, observou pelo menos sete militares do Exército, com uniformes típicos do tipo camuflado, armados com fuzil FAL, os quais vinham a pé pela linha de trem e proximidades, fazendo uma espécie de varredura na região, quando entraram na pequena floresta onde o primeiro ser foi capturado pelos bombeiros pela manhã. Em um certo instante, essa testemunha ouviu três disparos de fuzil FAL, o qual tem um som metálico e bem conhecido. Um militar de Campinas disse que uma criatura estava socorrendo uma outra caída ao solo, aparentemente ferida. Segundo os boatos entre os militares, o soldado atirou "de medo", pois ficou assustado. Em nenhum instante as criaturas apresentaram sinais de reação de ataque contra os militares. A criatura atingida recebeu dois tiros na barriga e um no peito. Também mencionaram que não foi três e sim quatro tiros, sendo que o último atingiu o ombro. Certamente, essa criatura morreu na hora. Um militar disse que um dos seres era diferente dos demais, com o corpo todo coberto por pêlos pretos. Tais informações ainda não foram devidamente confirmadas e ainda estão sob investigação dos ufólogos. A testemunha civil disse ainda que alguns minutos após os três disparos, os militares saíram da mata com dois sacos típicos utilizados pelo Exército. Um dos sacos tinha "algo" dentro que se mexia muito, enquanto que no outro havia "algo" imóvel. O volume em cada saco era equivalente ao ser capturado pelos bombeiros pela manhã.
Conseqüentemente, se nesses dois sacos havia mais duas estranhas criaturas, uma viva e outra morta, teríamos então até agora a captura de três desses seres, dois vivos e um morto. Tais informações por chegarem fragmentadas, não são cem por cento confiáveis. Estamos aguardando que algum militar que tenha participado dessa operação nos conte todos os detalhes. Há quem diga que o ser baleado foi levado para o Hospital Regional, situado no centro da cidade de Varginha.
Claudeir Covo é ufólogo e presidente do INFA e co-editor da Revista UFO
Ubirajara Franco Rodrigues é co-editor da Revista UFO
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