sábado, 27 de dezembro de 2008

Por Reinaldo Stabolito

Um dos incidentes mais conhecidos de aparente ataque sumário e gratuito realizado pelo fenômeno UFO ocorreu no Forte Itaipú, em São Vicente, litoral Sul de São Paulo. O caso ocorreu na noite do dia 04 de novembro de 1957 que, coincidência ou não, houve um blackout na região. Por volta das 02:00 horas da madrugada, dois sentinelas que cumpriam a guarda no alto dos muros do Forte viram uma luz com brilho muito intenso no céu. Mas eles não deram muita atenção ao fato, pois pensaram tratar-se de uma estrela qualquer que estaria apresentando um brilho intenso por algum fenômeno astronômico.

De repente, para espanto dos dois, a "estrela brilhante" começou a aumentar de tamanho. Logo perceberam que, na verdade, se tratava de um objeto descendo em alta velocidade, diretamente sobre o Forte. Segundo estimativa dos dois sentinelas, por volta de mil pés acima deles, o objeto reduziu drasticamente a sua velocidade, continuando a rota de descida na direção deles, porém bem lentamente e sem emitir qualquer ruído aparente. A esta altura dos acontecimentos, os sentinelas já se encontravam bastante apavorados e puderam ver perfeitamente o formato do UFO: circular, com um diâmetro de 100 pés, tendo ao seu redor um brilho alaranjado.

De repente o UFO parou e se posicionou de forma a ficar com cada um dos sentinelas de um lado. Já os sentinelas, por sua vez, ficaram boquiabertos e sem reação. Apesar dos dois estarem portando cada um uma sub-metralhadora, não atiraram contra o objeto. Eles estavam literalmente paralisados com a cena que presenciaram e, com isso, também não acionaram o alarme. De repente o OVNI começou a emitir um ruído, uma espécie de zumbido parecido com o som de um gerador. Logo em seguida, para desespero dos dois sentinelas, uma luz intensa acompanhada de uma forte onda de calor atingiu os dois soldados.

Os sentinelas começaram a gritar desesperadamente com a dor. Um deles, vencido pelo intenso calor, caiu de joelhos desmaiando em seguida. O outro sentinela se atirou embaixo de um canhão para se abrigar, tentando se proteger da luz intensa. Os gritos despertaram as tropas da guarnição, mas antes que qualquer dos soldados pudesse esboçar qualquer reação, todas as luzes se apagaram. Apenas um calor moderado penetrou o interior do Forte. Mas foi o suficiente para provocar pânico. Após um minuto, aproximadamente, o calor cessou e instantes depois as luzes se acenderam. Alguns soldados saíram então correndo para seus postos e ainda puderam ver o UFO brilhante se afastando, subindo rumo ao infinito.

Os dois sentinelas sofreram queimaduras e foram levados para o interior do Forte, onde receberam tratamento médico. Diante dos acontecimentos, o comandante do Forte Itaipú enviou uma mensagem urgente para o quartel-general do Exército Brasileiro. Logo depois, pilotos da Força Aérea Brasileira foram colocados em patrulhas especiais e realizaram várias rondas na região, porém não obtiveram quaisquer sinal do OVNI agressor. Um detalhe que chamou a atenção neste aterrorizante caso é que as piores queimaduras estavam por baixo da farda dos dois soldados. Possivelmente os dois soldados teriam sido atingidos por alguma energia que produz um efeito similar às microondas.

O caso foi abafado no Forte Itaipú, apesar de vários civis e militares terem visto o UFO naquela noite. Como na época dos acontecimentos os Estados Unidos era o país que possuía maior conhecimento sobre o fenômeno UFO, as altas autoridades brasileiras pediram auxilio à Embaixada norte-americana em suas investigações. Rapidamente, os Estados Unidos enviaram pesquisadores que auxiliaram os oficiais do Exército brasileiro na operação de apuração dos fatos. Os soldados queimados continuavam ainda em estado grave, mas eram capazes de falar de vez em quando. Após ouvirem a descrição da ocorrência, com detalhes sobre a aproximação do OVNI e a estranha onda de calor da luz intensa, os investigadores se puseram a debater por que os soldados teriam sido atacados, uma vez que eles não tinham demonstrado a menor hostilidade para o objeto.

Recentemente, foi liberado através da lei de Liberdade de Informação (FOIA) um documento da Embaixada que mostra resumidamente o que aconteceu naquela fatídica madrugada. Para ver uma cópia do documento, click com o mouse em DOCUMENTO FOIA (arquivo JPG, com 84 kb). Detalhe: o caso ficou sem explicação.

Reinaldo Stabolito é ufólogo e Coordenador Geral do INFA

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