quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O CONDE DE SAINT-GERMAIN
Saint-Germain: The Immortal Count

The Count of St-Germain. Doug Skinner. FORTEAN TIMES: 2001
In PARANORMAL ABOUT | HUMAN ENIGMAS
trads. pesq. & texto.: Ligia Cabús | Mahajah!ck

Dois retratos famosos: o primeiro, de autor desconhecido, é o único considerado verdadeiramente de Saint-Germain, produzido em sua temporada de dois anos em Versalhes. O segundo é uma fotografia cuja legenda diz tudo: Saint-Germain é o cavalheiro à esquerda de Madame Blavatsky. No Souvenirs de Marie Antoinette, da condessa d'Adhemar, temos uma excelente descrição do conde, a quem Frederico, o Grande se referia como "o homem que não morre":

"Em 1743 propagou-se o rumor de que um estrangeiro, enormemente rico, a julgar pela magnificência de suas jóias, acabara de chegar a Versalhes. Ninguém jamais foi capaz de descobrir de onde viera. Sua figura era bem proporcionada e graciosa, suas mãos delicadas, seus pés pequenos, e as pernas bem formadas, realçadas por meias de seda bem justas. Seu vestuário bem talhado sugeria uma forma de rara perfeição. Seu sorriso mostrava dentes magníficos, uma bonita covinha marcava-lhe o queixo, seu cabelo era negro e o olhar doce e penetrante. E, oh, seus olhos! Jamais vi semelhantes. Ele parecia ter cerca de quarenta ou quarenta e cinco anos de idade". Manly P. Hall


Será possível para um homem alcançar a imortalidade? Esta é a crença impressionante que envolve a histórica figura conhecida como Conde de Saint-Germain. Registros de seu nascimento situam seu nascimento no século XVII [anos 1600] mas, alguns, acreditam que sua longevidade recua à tempos anteriores à Era Cristã. Ele aparece muitas vezes ao longo da História mesmo recentemente, na década de 1970, sempre aparentando cerca de 45 anos de idade. Foi conhecido de muitas figuras notáveis da Europa, como Casanova, Madame Pompadour, Voltaire, o rei Luís XV, Catarina, a Grande, Anton Mesmer e outros.

Origens ─ A genealogia compilada por Annie Besant [teósofa] para o livro The Comte De St. Germain: The Secret of The Kings, assegura que o homem que ficou conhecido como Conde de Saint-Germain era filho de Francis Racoczi II, príncipe da Transilvânia, sua terra natal. Sua data de nascimento como Saint-Germain é estabelecida em 28 de amio de 1696. Outros relatos, considerados menos sérios, dizem que ele já vivia na época de Jesus; que esteve presente nas Bodas de Canaã, quando o jovem Messias transformou água em vinho; também teria assistido o Concílio de Nicéia, em 325 d.C..

Uma opinião unânime é que Saint-Germain dominava a Alquimia, a ciência mística que se trata do controle dos Elementos e cujo principal objetivo é encontrar a fórmula da famosa Pedra Filosofal ou Pedra dos Filósofos da qual, diz a tradição, se adicionada na fusão de metais ordinários, transforma-os em ouro ou prata. Além disso, a Pedra, pulverizada, compõe a fórmula do Elixir da Longa Vida. O preparo deste elixir, a descoberta deste grande segredo da alquimia, é a grande proeza atribuída ao Conde de Saint-Germain: esta seria a explicação de sua misteriosa longevidade.

Na Corte Européia ─ Na Europa, em 1742, o Conde de Saint-Germain era um personagem de destaque na alta sociedade. Ele tinha passado cinco anos na corte do Xá da Pérsia onde aprendeu a arte da joalheria. Ele conquistou os ricos e a realeza com seu vasto conhecimento de ciência e história, sua habilidade musical, seu charme, encanto pessoal e inteligência rápida. Falava fluentemente muitas línguas: francês, alemão, holandês, espanhol, português, russo e inglês além de ser familiarizado com o chinês, latim e árabe bem como o grego e o sânscrito.

Sua extraordinária sabedoria, sem dúvida contribuiu para que se tornasse um homem notável mas uma anedota [um caso muito divulgado], de 1760, pode ter gerado a lenda de que Saint-Germain era imortal. Naquele ano, em Paris, a Condessa von Georgy ouviu dizer que um Conde de Saint-Germain havia chegado para uma festa na casa de Madame Pompadour, amante do rei Luís XV, da França.

A velha condessa estava curiosa porque tinha conhecido o Conde de Saint-Germain em 1710. Ao encontrar Saint-Germain ficou completamente espantada: era jovem demais! Certamente, conhecera o pai dele em Veneza... ─ Não, madame ─ disse o conde. ─ Mas eu mesmo vivia em Veneza no fim do último século e começo deste século e tive a honra de fazer-lhe a corte na ocasião...

─ Impossível! ─ replicou a condessa ─ O conde de Saint-Germain que eu conheci naqueles dias tinha 45 anos mais ou menos e você, para ter 45 hoje!

─ Madame, eu sou muito velho ─ explicou o conde, sorrindo.


LENDAS...

Na época de Luís XV, em Versalhes [1758], além de ser conhecido como ourives e lapidador, trabalhava a tintura em tecidos de modo que jamais desbotavam.

Dizem que certa vez, o Conde de Saint-Germain assombrou a corte do rei Luís XV, quando o rei reclamou para si possuir um diamante de tamanho médio que, por ter um pequeno defeito, valia apenas seis mil libras e que, se tal falha não existisse, valeria pelo menos o dobro. Saint-Germain solicitou a pedra e, após um mês, devolveu-a ao joalheiro real, com o mesmo peso, sem que apresentasse a mínima anomalia. WIKIPEDIA

Os diamantes que decoravam seus sapatos valiam a soma considerável de duzentos mil francos. [Idem] O único retrato conhecido de Saint-Germain data da época em que freqüentou Versalhes, entre 1758 e 1760. O autor do retrato é desconhecido. The Count of St-Germain. Doug Skinner, 2001 ─ In FORTEAN TIMES

O nome, Saint-Germain, não seria herdado de família, mas inventado por ele mesmo, versão francesa para o latim Sanctus Germanus ou Irmão Santo.


POUCOS LIVROS

Apesar da erudição, o Conde de Saint-Germain não deixou muitos escritos. Dois destes raros trabalhos são: La Tres Sainte TrinosoPhie [A Santíssima Trinosofia ou A Santíssima Sabedoria Tríplice], encontrado na Biblioteca de Troyes e La Magie Sainte [França], na Philosophical Research Society [Inglaterra], ambos "dedicados inteiramente aos segredos mais profundos da tradição esotérica" [Manly P. Hall, 2003].

Sobre a Trinosofia, comenta Hall [2003]: "Este manuscrito único, La Tres Sainte TrinosoPhie, é de máxima importância para todos os estudiosos da maçonaria e das ciências ocultas. Não só é o único escrito místico do conde de Saint-Germain, como também é um dos documentos mais extraordinários relativos às ciências herméticas jamais compilado".

Saint-Germain possuía uma magnífica biblioteca e sabe-se que escreveu sobre ciências ocultas, especialmente textos que foram usados por seus discípulos.

Quando o Conde morreu, estes escritos desapareceram, possivelmente recolhidos, tirados de circulação por membros da sociedade secreta à qual pertencia Saint-Germain, ainda que tal Sociedade seja um outro mistério para alguém que fez parte de tantas.

Sempre Presente ─ Velho, Jamais

Nos 40 anos subseqüentes, naquela segunda metade do século XVIII, Saint-Germain viajou intensamente percorrendo toda a Europa. Aqueles que o encontraram e reencontraram ficavam impressionados com suas muitas peculiaridades e habilidades:

  • Tocava violino como um virtuoso

  • Era um pintor de talento, considerado perfeito

  • Onde que que estivesse, em suas viagens, sempre instalava um elaborado laboratório, presumivelmente para seu trabalho em Alquimia.

  • Parecia ser e vivia como um homem rico, de grande fortuna; todavia, não tinha contas em bancos.

  • Participava freqüentemente de jantares com amigos porque gostava da companhia deles mas, raramente foi visto comendo em público. Ele se mantinha, diziam, com uma dieta de farinha de aveia!

  • Médico, curandeiro, mago, prescrevia fórmulas para remover as rugas e tingir os cabelos.

  • Amava pedras preciosas e muitas de suas roupas, incluindo os sapatos, eram adornados com elas.

  • Conhecia uma técnica perfeita de colorir as gemas.

  • Dizia que podia fundir vários diamantes pequenos e obter um grande. Dizia também que podia produzir pérolas de diferentes tamanhos.

  • Relacionava-se ou foi relacionado com várias sociedades secretas, incluindo Rosacruzes, os Freemasons, Society of Asiátic Brothers [Irmãos Asiáticos], Cavaleiros da Luz, os Iluminati e a Ordem dos Templários.

Voltaire, o renomado filósofo do século XVIII, ele mesmo um respeitado homem da ciência, da razão, um homem do Iluminismo, teria dito sobre Saint-Germain: "É um homem que nunca morre e que conhece todas as coisas". Ao longo do século XVIII, o Conde de Saint-Germain continuou a usar seu espantoso conhecimento do mundo em meio às intrigas políticas e sociais da elite européia:

  • Na década de 1740, foi um diplomata conceituado na corte do rei Luís XV desempenhando missões secretas na Inglaterra.

  • Em 1760, cumpriu missão similar em Hague [Haia ─ Holanda], onde encontrou o famoso sedutor Giacomo Girolamo Casanova. Sobre Saint-Germain, Casanova disse: "Esse homem extraordinário... eu poderia dizer que ele tinha, com certeza, uns 300 anos de idade. Conhecia os segredos da medicina universal e dominava a Natureza; ele podia derreter diamantes... Tudo isso era brincadeira para ele".

  • Em 1762 ele viajou para a Rússia onde, se diz, participou da conspiração que colocou Catarina, a Grande, no trono. Depois, foi conselheiro do Exército Imperial Russo na guerra contra a Turquia [que os russos ganharam].

  • Em 1774 Saint-Germain retornou à França quando Luís XVI e Maria Antonieta ocuparam o trono. Diz a lenda que ele advertiu os monarcas sobre a Revolução que eclodiria 15 anos depois.

Em 1779 ele foi a Hamburgo, Alemanha, onde tornou-se amigo do príncipe Charles de Hesse-Cassel. Nos cinco anos seguintes, viveu como hóspede daquela corte, no Castelo de Eckernförde e, de acordo com os registros, ali morreu o Conde de Saint-Germain, em 27 de fevereiro de 1784, de pneumonia.


AS MUITAS VIDAS DE SAINT GERMAIN

De acordo com a Teosofia e os Ensinamentos do Mestres Ascensos viveu em diferentes épocas históricas assumindo diferentes identidades, como as dos personagens históricos listados abaixo:

São José, pai de Jesus Cristovão Colombo Francis bacon: algumas vidas de Saint-Germain

Legislador durante a Idade do Ouro da Civilização, na região do Deserto do Saara,em uma colônia Atlante, quando o lugar ainda não era o Deserto, há 70 mil anos atrás.

Sumo-sacerdote em Atlântida, há 13 mil anos atrás, servindo à Ordem do Mestre Zadkiel no Templo da Purificação, localizado onde, hoje, é a ilha de Cuba.

SAMUEL, século 11 a.C., líder religioso em Israel. Profeta, sacerdote e o último dos Juízes hebreus.

SÃO JOSÉ, no primeiro século d.C., marido-tutor de Maria e Guardião de Jesus.

SAINT ALBAN [Santo Albano], a data de seu nascimento é incerta bem como a de sua morte de modo que sua vida fica situada entre os séculos II e III da Era Cristã. Junto com Julius e Aarão, é considerado um dos três mártires cristãos da Bretanha. Alban, que viveu em Verulamium, sendo pagão, acolheu um sacerdote cristão perseguido pelo imperador Diocleciano. Alban salvou a vida do religioso fazendo-se passar por ele e foi decapitado.

PROCLO [Proclus 410-485 d.C.] Atenas. Considerado o mais destacado filósofo neoplatônico, escreveu vasta obra sobre filosofia, astronomia, matemática e gramática.

MERLIN, cuja vida é situada entre os séculos V e VI d.C.., na Bretanha, foi mágico e conselheiro na corte de Camelot, do rei Arthur. MERLIN teria inspirado a criação da Ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda.

ROGER BACON, Inglaterra [1220-1292]. Filósofo, reformador educacional e cientista experimental, precursor da ciência moderna por suas exaustivas investigações em alquimia, óptica, matemática e línguas.

SAINT-GERMAIN, ainda agindo sob novas identidades, teria sido o organizador das Sociedades Secretas na Alemanha nos séculos XIV e XV. Está ligado à figura de Christian Rosenkreuz [Rosa-cruz].

CRISTOVÃO COLOMBO [1451-1506], acredita-se, nascido em Gênova, Itália, estabelecido em Portugal, alcançou, com uma pequena frota, a América do Norte, em 1492, sob o patrocínio dos reis espanhóis Isabela e Ferdinando.

FRANCIS BACON [1561-1626], Inglaterra. Filósofo, homem de política, ensaísta e mestre literário, segundo os Ensinamentos dos Mestres Ascensos, seria a verdadeira identidade de Shakespeare além de pai da ciência indutiva, precursor da revolução científica.

Informam, ainda os Mestres Ascensos, que Francis Bacon, após supostamente morrer no domingo de Páscoa, 9 de abril de 1626, assistiu ao próprio funeral, disfarçado. A seguir, teria, secretamente, viajado para a Transilvânia [na época, parte da Hungria; hoje, parte da Romênia] onde se instalou na Mansão Rakoczy, da família real húngara. Em maio de 1864, tendo alcançado sua Ascensão física, ou seja, a imortalidade e eterna juventude, atributos do sexto grau da Iniciação, adotou o nome de Saint-Germain.

Teósofos importantes, além de Blavatsky, afirmaram ter estado com Saint-Germain. Annie Besant o teria encontrado em 1896. C. W. Leadebeater escreveu que também esteve com ele, em Roma, 1926. Saint-Germain teria mostrado à Leadbeater um manto que pertencera a um imperador romano e revelou que, de fato, uma de suas residências era um castelo na Transilvânia. Guy Ballard, fundador do Movimento EU Sou, disse que encontrou Saint-Germain no Monte Shasta, na Califórnia, em 1930.

E ele continua aparecendo! No site Brother Veritus, uma notícia informa que que em 1987, na Pensilvânia [USA], Saint Germain visitou, em pessoa, para o medium, místico Canalisador de Transe [!] Philip Burley a quem instruiu sobre o Caminho Espiritual e desenvolvimento da mediunidade...

SAINT-GERMAIN | WIKIPEDIA

Mas Dizem Que Ele Não Morreu!

Para qualquer outro homem, o registro de óbito de Eckernförde seria o fim da história; mas não para o Conde de Saint-Germain. Ele continuaria sendo visto nos séculos XIX e XX.

  • Em 1785 [um ano portanto depois de sua alegada morte], foi visto na Alemanha com Anton Mesmer, o pioneiro d hipnotismo [ou mesmerismo]. Muitos sustentam que foi Saint-Germain quem instruiu Mesmer na técnica-arte do hipnotismo e do magnetismo pessoal.

  • No mesmo ano [1785], dados oficiais da Maçonaria mostram que a Sociedade escolheu Saint-Germain como seu representante na convenção daquele ano.

  • Depois da Queda da Bastilha, durante a Revolução Francesa, em 1789, a Condessa d'Adhémar disse que teve uma longa conversa com o Conde de Saint-Germain. Ele teria revelado a ela o futuro imediato da França. Em 1821, ela escreveu: "Eu tinha visto Saint-Germain novamente e, a cada vez, mais me espantava. Eu o vi quando a rainha [Antonieta] foi assassinada [executada pela Revolução de 1789], no 18 de Brumário; no dia seguinte à morte do Duque d'Enghien, em janeiro de 1815 e na véspera do assassinato do Duque de Berry. A última vez em que a Condessa o viu foi em 1820 e ele sempre manteve a aparência de um homem de 45 anos...

  • Em 1774 apareceu na Bavária sob o nome de Conde Tsarogy. Em 1776, ainda na Alemanha, tornou-se Conde Welldone, especialista em cosméticos, vinhos, licores e elixires.

Depois de 1821, ao que tudo indica, Saint-Germain pode ter assumido uma outra identidade. Albert Vandam escreve, em suas memórias, ter encontrado um homem muito semelhante a Saint-Germain que se apresentava como Major Fraser. Vandam escreveu:

Ele se apresentava como Major Fraser, vivia sozinho e nunca se referiu à família. Gastava muito dinheiro embora a origem de sua fortuna fosse um mistério para todos. Possuía um maravilhoso conhecimento sobre todos os países da Europa ao longo de toda a sua História. Sua memória era absolutamente incrível e, curiosamente, freqüentemente, dava a entender àqueles que o ouviam, que tinha adquirido conhecimento em outro lugar além dos livros. Ele me disse, com um estranho sorriso que tinha conhecido Nero, falado com Dante e outras proezas.

O Major Fraser desapareceu sem deixar traço. Entre 1880 e 1900, o nome de Saint-Germain ressurgiu quando membros da Sociedade Teosófica, incluindo sua fundadora, Helena Petrovna Blavatsky, revelaram que o misterioso personagem estava vivo e trabalhando "pelo desenvolvimento espiritual do Ocidente". Atestando a veracidade da informação, existe até uma fotografia, alegadamente genuína, onde aparecem Balvatsky, Saint-Germain e os Mestres El Moria e Kuthumi.

Em 1972, um homem apareceu declarando ser Saint-Germain [o quê, em si mesmo, é um fato suspeito]. Seu nome era Richard Chanfray. Virou atração na TV francesa onde, fez o seu show, transformando, aparentemente, chumbo em ouro diante das câmeras. Chanfray cometeu suicídio em 1983 [o que desacredita completamente sua suposta identidade com o Conde porque o suicídio e também o show na TV não atitudes coerentes com a formação de um ocultista tão poderoso].


Saint-Germain: Mestre Ascencionado


A biografia do Conde de Saint-Germain, com tantos episódios mais ou menos fantásticos, sem dúvida, é o retrato de um personagem fascinante; se for ficção, é uma ficção deliciosa. A questão da imortalidade do Conde talvez seja o ponto mais polêmico desta biografia.

Enquanto alguns defendem a idéia de um Saint Germain alquimista, que se mantinha vivo e jovem ao longo de milênios graças a um miraculoso Elixir da Longa Vida, outros entendem que o Conde atravessou Eras e protagonizou fatos históricos através de um processo de sucessivas reencarnações na rara condição de ter se mantido sempre consciente de si mesmo como Ser imortal, beneficiando a si mesmo e aos outros com o conhecimento adquirido nas experiências de tantas vidas.

Não obstante a notoriedade das personalidades assumidas pelo Conde ─ São José, Francis Bacon, Cristovão Colombo etc., foi como Conde de Saint-Germain que este Espírito Peregrino tornou-se mais famoso e lendário. Após sua última morte oficial, no Castelo de Eckernförde em 1784, aquele Espírito teria alcançado, enfim, a condição de Cohan, Guardião da Chama Violeta, Mestre Ascencionado da verdadeira, invisível e espiritual Grande Fraternidade Branca.

A crença nos Mestres Ascencionados, embora tenha origem antiga, somente começou a se tornar conhecida no Ocidente a partir da divulgação do trabalho e das publicações da Sociedade Teosófica, na segunda metade do século XIX. H.P. Blavastky, pioneira da teosofia, falou sobre estes Mestres em escritos como The Mahatmas, Masters of Wisdom e Elder Brothers: "São chamados de mestres porque orientam espiritualmente os seres que estão em busca de evolução espiritual na Terra; e ascencionados porque já encarnaram e evoluíram hierarquicamente, afastando-se das limitações do plano terreno em direção à Luz, à ascensão espiritual" [ WIKIPEDIA ].

O Livro de Ouro de Saint Germain

Saint-Germain, o Conde imortal, depois de morrer no século XVIII, além de ter aparecido na Europa e na América dos séculos XIX e XX, também escreveu livros! Mistérios Desvelados, A Presença Mágica EU SOU este, traduzido para o português sob o título de O Livro de Ouro de Saint-Germain, este último muito conhecido, foram supostamente ditados [pelo próprio Saint-Germain] a Guy Ballard [1878-1939], pseudônimo de Godfré Ray King, na década de 1930, na região do monte Shasta, Califórnia.

Independente de quem tenha escrito ou de como tenha sido escrito, o Livro de Ouro de Saint-Germain é uma obra curiosa. Este texto, possivelmente, é precursor/inspirador dos livros de auto-ajuda tão populares nos grandes núcleos da civilização contemporânea/pós-moderna.

Livros que recomendam e instruem sobre programas de controle do pensamento no sentido de promover a concentração mental em comandos [frases] positivas, construtivas, restauradoras da vida pessoal e social em todos os seus aspectos. São frases positivas dirigidas a qualquer objetivo de melhoria: desde mentalizações para a cura de doenças, para o saneamento da vida financeira, para ter um corpo perfeito, até a meditação para ajudar a Humanidade a sair do caos! O Livro de Ouro de Saint-Germain contém orientações para tudo isso e muito mais.

No Livro de Ouro, a idéia central é a afirmação da presença de Deus no Eu [Superior] de todas as pessoas. A doutrina é complexa [e não cabe neste ensaio] mas a prática é simplificada. Consiste no exercício diário das Afirmações. O fundamento da prática é um antigo dogma ocultista: "Pensar é Criar; falar é criar"; ou seja, toda realidade física [saúde, dinheiro, relações pessoais] e metafísica [disposições de espírito como tristeza, agitação, revolta, mágoa etc.] pode ser modificada pela AÇÃO do Pensamento e do Verbo [palavra] humanos. Meditemos...

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A Santíssima Trinosofia - Conde de Saint Germain
[trad. Júlia Bárány] Comentários de Manly P. Hall ─ São Paulo: Mercuryo, 2003.
O Conde de Saint-Germain e H.P.B.: Dois Mensageiros da Loja Branca. H.S. Olcott.
Saint-Germain - Mestre Ascenso, Cohan do Sétimo Raio | Grande Fraternidade Branca
O Livro de Ouro de Saint-Germain | FREE DOWNLOAD


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