quinta-feira, 2 de julho de 2009

FINALIZANDO O QUE AINDA NÃO TERMINOU. CADÊ AS CAIXAS PRETAS HEIM ?

Voo 447 da Air France não se partiu no ar, diz relatório preliminar


LE BOURGE - O avião da Air France que fazia o trajeto entre Rio e Paris e que caiu no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo há um mês não se partiu em pleno ar, informou nesta quinta-feira o Escritório de Investigações e Análises (BEA, em francês) da França, encarregado de investigar a queda do voo 447. "O avião estava inteiro no momento do impacto", indicou Alain Bouillard, líder da investigação.

De acordo com o relatório, o primeiro a ser divulgado sobre o acidente, a aeronave teria caído verticalmente e os coletes salva-vidas dos passageiros não estariam inflados, o que indica que as vítimas não estavam preparadas para a queda. A hipótese de uma explosão no ar foi descartada no relatório.

"A análise visual dos destroços do avião mostram que a aeronave não foi destruída em voo. Parece ter se chocado com a superfície da água com uma forte aceleração vertical", afirmou Alain Bouillard, da BEA, ao apresentar à imprensa o relatório preliminar das investigações.

Sensores de velocidade

A investigação realizada por técnicos do Escritório de Investigações e Análises indica também que uma possível falha nos sensores de velocidade do Airbus, conhecidos como "pitot", teria sido "mais um fator", e não a causa decisiva do acidente. "Nós estamos bem longe de determinar as causas do acidente", disse a jornalistas Alain Bouillard, chefe das investigações.

Por recomendação da Airbus, os tubos de Pitot começaram a ser substituídos em todas as companhias aéreas que utilizam este modelo de aeronave após o acidente.

Divulgação
O trabalho de buscas durou 26 dias
Alain Bouillard afirmou também que a França ainda não tem os resultados das autópsias dos corpos das vítimas do acidente. De um total de 51 corpos encontrados pelas equipes de busca do acidente, 35 já foram identificados pela força-tarefa composta pela Polícia Federal (PF) e pela Secretaria de Defesa Social (SDS) em Pernambuco.

Buscas pela caixa-preta

Os investigadores que apuram as causas da queda do Airbus afirmaram ainda, durante a divulgação do relatório preliminar sobre o acidente, que as buscas pela caixa-preta da aeronave vão continuar até o dia 10 de julho.

"Nós nos aproximamos do fim da missão acústica de busca das balizas. Esta primeira fase de buscas termina no dia 10 de julho. Depois desta data, passaremos para uma segunda fase. Estas buscas não serão acústicas e sim mediante exploração sistemática através de sondas", declarou.

Um navio de exploração submarina prosseguirá com as buscas com veículos submarinos e um sonar de rastreamento. Os registros dos dados do voo, gravados nas caixas-pretas, são determinantes para explicar o acidente, insistiram os especialistas.

As caixas-pretas estão conectadas a balizas que emitem sons por pelo menos 30 dias. A tarefa de busca é complexa por causa da profundidade do local da queda do avião, estimada entre 3.000 e 3.500 metros, e pelo relevo de difícil acesso do Oceano Atlântico na zona da tragédia.

O avião que fazia o voo AF447 caiu depois de decolar do Rio de Janeiro no dia 31 de maio. Todas as 228 pessoas a bordo morreram.

* Com AFP, AP e Reuters

Voo 447 da Air France

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