sexta-feira, 14 de agosto de 2009

BURACO NEGRO

Quase todos sabem que um buraco negro é um poderoso devorador de material cósmico. Uma vez que um objeto tenha sido atraído pelo seu intenso campo gravitacional será implacavelmente sugado para seu interior, fortalecendo ainda mais o gigantesco monstro cósmico de onde nem mesmo a luz consegue escapar.



Apesar de ser impossível observar diretamente um buraco negro, devido a sua intensa força gravitacional seus efeitos são facilmente perceptíveis e detectáveis. Um desses instrumentos é o telescópio espacial Spitzer, que após uma série de observações registrou um fortíssimo buraco negro 100 milhões de vezes mais massivo que nosso Sol.

O fenômeno foi localizado no centro da galáxia em espiral NGC 1097, localizada a 50 milhões de anos-luz de distância. Similar à nossa via láctea, NGC 1097 também é dotada de gigantescos braços repletos de estrelas que orbitam o massivo buraco negro, muitas vezes maior que aquele encontrado no interior da Via láctea.

Na imagem divulgada pela agência americana, o buraco negro aparece como uma espécie de olho, rodeado por um anel esbranquiçado composto por milhares de estrelas em formação. A área azulada e escurecida ao redor do centro do olho é composta de gás e poeira, proveniente das estrelas sugadas pela força gravitacional.

A cor avermelhada dos braços em espiral é provocada pela poeira cósmica, aquecida pelas altas temperaturas das estrelas recém-nascidas, observadas pelos sensores do telescópio dentro do espectro infravermelho . Populações de estrelas envelhecidas são vistas na imagem como pontos azulados.

No canto esquerdo destaca-se uma segunda galáxia, retratada como uma mancha azul difusa e brilhante, aparentemente encaixada entre os braços espirais de NGC 1097.

Foto: Galáxia espiral NGC 1097, registrada pelo telescópio espacial Spitzer. Crédito: NASA/JPL-Caltech


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